A transição energética vem se mostrando o principal caminho para atingir os compromissos de combate às mudanças climáticas firmados no Acordo de Paris ao impactar, diretamente, na queda de emissões de dióxido de carbono, poeiras finas e outras substâncias responsáveis pelo efeito estufa.
E o Brasil tem feito a lição de casa. De acordo com relatório anual do Global Wind Energy Council (GWEC) divulgado no primeiro semestre deste ano, o país assumiu a sexta posição no Ranking de Capacidade Total Instalada de Energia Eólica Onshore em 2021 (ante ao sétimo lugar, em 2020). Em 2012, ocupava a 15ª posição.
O crescimento, expressivo, é uma ótima notícia, já que a energia eólica tem todas as credenciais para assumir a liderança na transição mundial para o uso de fontes verdes, acelerando a substituição das matrizes energéticas focadas nos combustíveis fósseis, como o carvão e o gás natural, por aquelas com baixa ou zero emissões de carbono, baseada em fontes renováveis (tanto eólica como solar ou hidráulica).
A substituição de combustíveis fosseis e poluentes por eletricidade alimentada por fontes renováveis de energia é a chamada eletrificação, uma maneira econômica e eficiente de descarbonizar o consumo final nos transportes, comércio, indústria e nas casas também.
Gratuitas, inesgotáveis e disponíveis em grande parte da superfície terrestre, as fontes verdes viabilizam, ainda, a autossuficiência energética e vão em direção ao desenvolvimento sustentável.
Porém, apesar da posição privilegiada em relação à sua matriz energética, é preciso acelerar os investimentos em fontes renováveis no Brasil. E diversas empresas já começaram a fazer a sua parte.
Fontes limpas de energia
A Enel, empresa multinacional do setor elétrico com forte atuação no Brasil, gera energia no país apenas de fontes limpas (eólica, solar e hídrica).
Com capacidade total instalada renovável de mais de 4,9 GW, dos quais mais de 2,4 GW são de fonte eólica, cerca de 1,2 GW são de fonte solar e cerca de 1,3 GW de hidro, o grupo é, hoje, o maior player eólico e solar do Brasil.
Para ter uma ideia da importância do Brasil na capacidade de geração limpa, cerca de um quinto de toda a capacidade adicional de geração renovável da Enel no mundo em 2021 foi colocada em operação no território brasileiro.
Por meio da Enel Green Power – braço de geração renovável da Enel –, a companhia construiu e opera no Brasil o maior parque eólico e o maior parque solar da América do Sul: os projetos Lagoa dos Ventos e São Gonçalo, respectivamente – ambos localizados no Piauí.
Parque eólico Lagoa dos Ventos
Localizado nos municípios de Lagoa do Barro do Piauí, Queimada Nova e Dom Inocêncio, o parque eólico Lagoa dos Ventos é o maior parque eólico atualmente em operação na América do Sul.
Fonte: Exame