Cerca de 3 bilhões de pessoas estão em áreas que enfrentam estresse hídrico severo, de acordo com relatório da Comissão Global sobre a Economia da Água. O documento destaca que mais da metade da produção global de alimentos estará em risco até 2050.
“À medida que esse recurso vital se torna cada vez mais escasso, a segurança alimentar e o desenvolvimento humano estão em risco – e estamos permitindo que isso aconteça”, disse Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam de Pesquisa de Impacto Climático (PIK), em comunicado.
Existem dois “tipos” de água disponíveis no planeta. A chamada “água azul” diz respeito àquela presente em rios, lagos e aquíferos. Já a “água verde” está no solo e nas plantas, e circula pela atmosfera por meio dos rios voadores. Por isso, ela é afetada pela interrupção de sistemas climáticos, o que prejudica regiões da Índia, China, Rússia e Europa que são muito dependentes do fluxo de água verde.
“A precipitação, fonte de toda a água doce, não é mais confiável devido às mudanças climáticas e de uso da terra causadas pelo homem, minando a base do bem-estar humano e da economia global”, afirmou Rockström.
Segundo o relatório, governos costumam se basear na informação de que cada pessoa precisa de, no mínimo, 50 a 100 litros de água por dia para saúde e higiene, mas o número real ficaria por volta de 4 mil litros.
Para que a água seja distribuída de forma mais eficiente e equitativa, os pesquisadores argumentam ser preciso trabalhar com preços e subsídios adequados a esse bem, além de fazer dietas baseadas em vegetais, restaurar habitats naturais e reciclar águas residuais.
Fonte: Galileu
