De uma coisa ninguém discorda: o potencial do ecoturismo é gigantesco no Brasil. As belezas naturais estão espalhadas por todas as regiões e os Parques Nacionais são refúgios importantes, que possibilitam passeios incríveis.
Pelo jeito, cada vez mais gente concorda com isso, pois esses locais bateram recorde de visitação em 2024. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nossos Parques Nacionais somaram 12,5 milhões de visitas em um ano. Isso representa um crescimento de 3,8% em relação a 2023.
O aumento é ainda maior se considerarmos também as visitas a Áreas de Proteção Ambiental (APA), Reservas Extrativistas (Resex), Reservas Biológicas (Rebio), Florestas Nacionais (Flona) e Monumentos Naturais (Mona), dentre outras categorias de manejo previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Foram 25,5 milhões de visitas, distribuídas em 161 unidades de todas as regiões do país. Nesse caso, o crescimento é de 4,9% em relação a 2023.
Os dados de 2024 consolidam o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, como o mais frequentado do país. Foram 4,4 milhões de visitas em 2023 e 4,6 milhões no ano seguinte. Em segundo lugar vem o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, com 1,8 milhão de visitas em 2023 e 2 milhões no ano passado. Fechando o pódio temos o Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará. Foram 1,4 milhão de visitas em 2023 e 1,5 milhão em 2024.
Considerando todas as Unidades de Conservação monitoradas pelo ICMBio (e não apenas os Parques Nacionais), a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, em Santa Catarina, é a mais movimentada do Brasil. Foram 8,1 milhões de visitas em 2023 e 8,6 milhões em 2024. O alto número de turistas reafirma a importância do trabalho de preservação do meio ambiente no local. Como o nome evidencia, a região é um importante refúgio para a baleia-franca-austral.
“Cabe aos órgãos gestores das unidades de conservação, como é o caso do ICMBio, estabelecer os meios para que a visitação seja a melhor possível”, diz o presidente do órgão, Mauro Pires. “Por outro lado, é importante que a população se aproprie cada vez mais destas áreas, participando dos esforços para sua preservação e atuando junto às autoridades, em todas as esferas, para que existam investimentos que ampliem e aprimorem as unidades de conservação, sobretudo na parte de infraestrutura de visitação e proteção”, avalia Pires.
Fonte: Revista Galileu