A marcha contra o governo liderada pelo Polo Obrero, uma das organizações de “piqueteros” da Argentina, realmente ocorreu na tarde de ontem (20), em Buenos Aires, como prometido. Mas, apesar de algumas cenas de correrias, empurrões e lançamento de gás de pimenta por parte das forças policiais, o balanço geral está sendo considerado positivo. Ou seja, o governo conseguiu limitar as manifestações, como esperado.
O principal tumulto aconteceu logo no início do protesto, quando um grupo de manifestantes conseguiu bloquear completamente a Avenida Diagonal Norte, apesar de a prática estar proibida estipulada pelo protocolo anti-piquetes anunciado na semana passada.
Na sequência, a Diagonal Sul foi tomada por setores de esquerda e organizações sociais, bloqueando o trânsito, o que gerou alguns confrontos com as polícias federal e municipal próximo à Assembleia Legislativa de Buenos Aires. Duas pessoas foram presas, uma dela por supostamente ter esfaqueado um policial no braço.
Após momentos de tensão, quando as tropas lançaram jatos de spray de pimenta, muitos dos manifestantes se dispersaram. Embora tenham ocorrido gritos, corridas e até algumas agressões, quando os primeiros “piqueteros” chegaram à Praça de Maio, o clima relaxou.
Enquanto isso, o presidente Javier Milei e sua ministra da Segurança, Patricia Bullrich, acompanhavam por câmeras as movimentações dentro do Departamento Central de Polícia, supervisionando toda a operação.
A conta do ministério postou uma foto da central de controle. Um assessor havia feito o mesmo mostrando Milei e Bullrich observando os protestos, mas essa imagem foi deletada.
As lideranças dos protestos redigiram e leram um documento final após a marcha, criticando o governo de Javier Milei e o seu pacote de medidas econômicas.
Fonte: InfoMoney