ARACAJU/SE, 6 de junho de 2025 , 3:06:07

Após crime brutal praticado por menor de idade no Paraguai, população pede volta da pena de morte no país

 

A violência do caso María Fernanda Benítez está provocado uma reação imediata no Paraguai. Após o assassinato da jovem de 17 anos pelo próprio namorado, Rodrigo Nicolás Ortíz, também adolescente, a comoção popular se transformou em clamor por justiça — com milhares de paraguaios defendendo a volta da pena de morte no país.

A população tem dito que o crime é bárbaro demais para ser tratado com as punições atuais. Conforme as investigações, o rapaz tentou forçar a vítima a abortar. Diante da recusa, planejou o assassinato: tentou envenená-la, depois a espancou, incendiou o corpo dela ainda com vida e enterrou María Fernanda no quintal de casa.

A indignação cresceu rapidamente. A casa do acusado foi incendiada por moradores da cidade de Coronel Oviedo. Nas ruas e nas redes sociais, manifestações têm exigindo mudanças na Constituição para permitir punições mais severas em crimes considerados hediondos.

Embora o Paraguai não aplique a pena de morte desde o início da década de 1990, parlamentares já indicam que o tema será levado à discussão no Congresso. A imprensa local reporta que a pressão popular segue aumentando.

Congresso sob pressão

Os políticos do Paraguai estão sob forte pressão popular após o brutal assassinato de María Fernanda Benítez, uma adolescente de 17 anos que estava grávida. O crime, cometido por outro jovem menor de idade, gerou comoção nacional e já abriu o debate sobre a necessidade de mudanças na legislação penal do país.

Em resposta à repercussão do caso, o deputado Rubén Rubín, opositor do governo do presidente direitista Santiago Peña, do Partido Colorado, anunciou que pretende apresentar um projeto de lei propondo prisão perpétua para casos de homicídio.

Além disso, o parlamentar de oposição defende que adolescentes envolvidos em crimes graves sejam julgados como adultos. “Menores assassinos devem ser julgados como gente grande, que sabem muito bem o que faz”, declarou.

A proposta integra o que Rubín chamou de “Plano de emergência de segurança nacional”, estruturado em quatro frentes: julgamento de adolescentes como adultos, internação obrigatória para dependentes químicos, aplicação da prisão perpétua e utilização das Forças Armadas no apoio à segurança interna.

Saiba mais sobre crime

Grávida de aproximadamente três meses, María Fernanda Benítez foi alvo de um plano macabro arquitetado pelo namorado, também de 17 anos, com o apoio direto de uma cúmplice, Mikahela Chiara Yasy Rolón Melgarejo, de 19 anos, amiga pessoal do jovem.

O corpo de María Fernanda foi encontrado calcinado em um terreno baldio, em frente à casa do namorado. A autópsia confirmou que ela foi queimada viva, com a causa da morte sendo intoxicação por monóxido de carbono. Antes de ser incendiada, ela sofreu dois golpes na cabeça.

As investigações apontam que o assassinato foi premeditado. Trocas de mensagens entre o casal e a amiga sustentam que o plano incluía provocar um aborto à força e, em seguida, eliminar a vítima.

Entre as opções discutidas estavam o uso de veneno e até a injeção de ar nas veias. Como os métodos falharam, os autores optaram por espancá-la e queimá-la ainda viva.

O caso está repercutindo no mundo. O presidente em exercício, Pedro Alliana, convocou uma Cúpula dos Três Poderes e anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar o crime. Coronel Oviedo, cidade onde o homicídio ocorreu, decretou luto distrital.

Fonte: Conexão Política

 

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