ARACAJU/SE, 30 de outubro de 2025 , 0:40:46

Após deixar rastro de destruição na Jamaica, furação Melissa chega a Cuba e provoca inundações

 

O furacão Melissa atingiu Cuba nas primeiras horas desta quarta-feira (29) como um furacão de categoria 3, após devastar a Jamaica e provocar destruição generalizada em todo o Caribe.

Com ventos sustentados de 185 km/h e rajadas superiores a 190 km/h, Melissa já é considerado um dos furacões mais fortes da história do Atlântico, empatando em velocidade com Dorian (2019) e o furacão de 1935 que atingiu os Cayos da Flórida.

Na Jamaica, onde a tempestade tocou o solo pela primeira vez na terça-feira (28), o cenário é descrito pelas autoridades como “catastrófico”.

Casas, hospitais e escolas foram destruídos em regiões montanhosas do centro e oeste da ilha. O primeiro-ministro Andrew Holness declarou estado de calamidade pública e afirmou que o país vive “a pior tempestade da história moderna”.

“A infraestrutura entrou em colapso e algumas comunidades ficarão isoladas por dias”, disse Holness, que tenta coordenar as equipes de resgate em meio à interrupção de energia e telecomunicações.

Mais de meio milhão de pessoas estão sem eletricidade, e 15 mil jamaicanos permanecem em abrigos. O governo local lançou um portal oficial para organizar doações e voluntários.

Inundações em Cuba

A tempestade chegou ao leste de Cuba na madrugada desta quarta-feira, provocando inundações severas e deslizamentos em áreas montanhosas. O presidente Miguel Díaz-Canel confirmou a evacuação de 735 mil pessoas e alertou que a noite seria “muito difícil para toda Cuba”.

“Será uma noite muito difícil para toda Cuba, mas vamos nos recuperar”, afirmou.

Imagens divulgadas pela Reuters mostram ruas completamente alagadas em Santiago de Cuba, com moradores tentando salvar animais e pertences. Meteorologistas preveem chuvas de até 63 centímetros nas regiões mais elevadas e ondas de até 3,6 metros na costa.

A China anunciou o envio de ajuda humanitária à ilha antes mesmo da chegada do furacão, incluindo kits familiares e suprimentos básicos.

Tragédia regional

Melissa já provocou ao menos sete mortes confirmadas — três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana. Autoridades da região alertam para a possibilidade de novos deslizamentos e enchentes à medida que a tempestade avança.

Nos próximos dias, o furacão deve seguir em direção às Bahamas, onde seis ilhas já estão sob ordens de evacuação. O Centro Nacional de Furacões dos EUA mantém o alerta de maré de tempestade de até 2,4 metros e ventos destrutivos.

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que Washington está pronto para ajudar a Jamaica na recuperação.

“Estamos acompanhando de perto e preparados para agir, mas os danos são tremendos”, afirmou o presidente a bordo do Air Force One, durante sua viagem pela Ásia.

Segundo furacão mais forte

Com ventos máximos de 298 km/h registrados na terça-feira (28), Melissa empata com quatro outros furacões como o segundo mais intenso do Atlântico desde 1851 — atrás apenas do furacão Allen, de 1980.

É também o terceiro furacão de categoria 5 da temporada de 2025, juntando-se a Erin e Humberto, e reforçando o alerta dos cientistas para o aquecimento das águas do Atlântico e a intensificação de fenômenos climáticos extremos.

Fonte: InfoMoney

 

 

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