O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que cerca de 31 mil soldados ucranianos morreram desde o início da guerra com a Rússia. Os conflitos começaram em 24 fevereiro de 2022.
Segundo o presidente, o armamento fornecido por países ocidentais é escasso, e as suas tropas estão “espetacularmente desarmadas”. Mesmo diante das instabilidades, ele nega a suposta fraqueza do Exército ucraniano e afirmou acreditar na vitória.
De acordo com informações do jornal britânico The Guardian, Zelensky estimou o número de russos mortos em 180 mil e disse que, incluindo os feridos, as baixas do Kremlin chegaram a 500 mil. Ele se recusou a informar quantos militares ucranianos ficaram feridos e disse que esses detalhes poderiam ajudar taticamente a Rússia.
A Ucrânia não divulgava o número de perdas militares desde o fim de 2022, quando o assessor presidencial Mykhailo Podolyak disse que 13 mil soldados haviam morrido desde a invasão de fevereiro. Já a Rússia não divulga as baixas militares por considerar essas informações como “secretas”.
Para o presidente ucraniano, não há perspectivas de negociações de um cessar-fogo com a Rússia. O país prevê uma grande ofensiva de Moscou em maio.
“O presidente russo, Vladimir Putin, não vai me ligar”, disse Zelensky, durante coletiva de imprensa. “Ele não quer acabar com a guerra”.
Guerra na Ucrânia completa dois anos
No último sábado (24), a invasão da Ucrânia pela Rússia completou dois anos. A guerra começou em 24 de fevereiro de 2022, quando Moscou lançou ataques terrestres, aéreos e marítimos ao país vizinho. Estima-se que pelo menos 500 mil pessoas tenham perdido a vida nos conflitos.
Mais de 14 milhões de ucranianos, o equivalente a um terço da população, foram deslocados de suas residências, enquanto 6,5 milhões buscaram refúgio em países vizinhos. Os dados são da Organização Internacional para as Migrações.
Na data em que o conflito completou seu segundo ano, vários líderes mundiais desembarcaram em Kiev para solenidades.
Entre os que visitaram a capital ucraniana estão o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau; o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Tendo a imagem do aeroporto como símbolo da data, Zelensky gravou uma mensagem no local em que fala diretamente ao povo. A gravação foi publicada no perfil do presidente no Twitter/X.
“Queridos grandes cidadãos de um grande país, estou imensamente orgulhoso de cada um de vocês”, disse Zelensky. “Admiro a todos. Acredito em cada um de vocês. Qualquer pessoa normal deseja que a guerra termine. Mas nenhum de nós permitirá que a Ucrânia termine”.
Fonte: Revista Oeste