O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela atualizou, nesta sexta-feira (2), os resultados das eleições presidenciais realizadas no último domingo, 28 de julho. Com 96,87% dos votos apurados, o órgão manteve praticamente os mesmos números anunciados anteriormente, com Nicolás Maduro liderando com 51,95% dos votos. O candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, ficou com 43,18%.
O anúncio foi feito por Elvis Amoroso, presidente do CNE e ex-deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), partido de Hugo Chávez e de Maduro. No primeiro boletim, divulgado na madrugada de segunda-feira (29), Maduro já aparecia com 51,2% dos votos, enquanto Urrutia tinha 44,2%.
Os resultados, no entanto, são contestados pela oposição. Eles afirmam que, com base em 80% das atas das sessões de votação, Urrutia venceu em todos os 24 estados do país, acumulando 70% dos votos, enquanto Maduro teria apenas 30%. A diferença de 40 pontos percentuais seria a maior margem de vitória na história das eleições venezuelanas.
Enquanto o CNE não divulgou as atas que comprovam a contagem dos votos, a oposição disponibilizou esses documentos em um site, promovendo transparência total e permitindo que qualquer pessoa verifique os resultados. A divergência entre os números oficiais e os apresentados pela oposição alimenta ainda mais as acusações de falta de transparência e fraude no processo eleitoral.
Países reconhecem vitória de Edmundo González
Diversos países, incluindo Estados Unidos, Argentina, Paraguai, Uruguai, Peru, Equador e Costa Rica, reconheceram publicamente González como vencedor das eleições. Eles argumentam que o pleito “não atendeu aos padrões internacionais de integridade e não pode ser considerado democrático”, conforme comunicado pelo Centro Carter, que monitorou o processo eleitoral. O Centro Carter também apontou que a autoridade eleitoral demonstrou um “claro viés” a favor de Nicolás Maduro.
Fonte: Conexão Política