O governo dos Estados Unidos e a Argentina deram, nesta segunda-feira (28), o primeiro passo oficial para incluir novamente os argentinos no Programa de Isenção de Visto (VWP), que permite entradas no país sem visto para turismo ou negócios por até 90 dias. A medida foi oficializada com a assinatura de uma carta de intenções entre o presidente Javier Milei e a secretária do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, durante visita oficial à Casa Rosada, em Buenos Aires.
Segundo comunicado do governo argentino, a medida, se concretizada, permitirá que milhões de argentinos possam viajar aos EUA sem a necessidade do visto B1/B2, que hoje exige entrevistas, taxas e prazos de análise consular. A iniciativa, ainda em fase preliminar, posicionaria a Argentina entre os poucos países com esse privilégio.
Para a oficialização da entrada da Argentina no programa, será necessário cumprir uma série de exigências técnicas e de segurança estipuladas pelas agências americanas, como a troca de informações sobre antecedentes criminais e dados biométricos.
A secretária Kristi Noem declarou que, “sob a liderança de Milei, a Argentina está se tornando uma aliada ainda mais forte dos EUA, comprometida com a segurança das fronteiras de ambas as nações”. Ela também destacou o bom desempenho dos argentinos em relação ao cumprimento de prazos de permanência nos EUA. “A Argentina tem hoje a menor taxa de permanência irregular da América Latina”.
Dados do governo norte-americano apontam que o número de argentinos que viajaram aos EUA cresceu 25% nos primeiros quatro meses deste ano, o maior aumento entre os 20 países com maior número de entradas internacionais.
Durante o encontro, Noem também havia assinado um acordo de cooperação em segurança com a ministra argentina Patricia Bullrich. Também participaram da reunião o ministro das Relações Exteriores, Gerardo Werthein, e outras autoridades.
Se o acordo for ratificado e implementado, os argentinos que desejarem viajar aos Estados Unidos precisarão apenas preencher o formulário eletrônico ESTA, pagar uma taxa de US$ 21 e obter autorização digital para embarque.
Fonte: Conexão Política
