ARACAJU/SE, 7 de setembro de 2024 , 20:33:20

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Avião com ex-presidentes de países da América Latina é barrado no Panamá e impedido de decolar para a Venezuela; Maduro ordena fechamento de fronteiras

 

Um avião da Copa Airlines transportando ex-presidentes de ao menos cinco países da América Latina foi impedido de decolar do Panamá com destino à Venezuela. O grupo participaria de uma missão de observação da eleição presidencial marcada para domingo (28). Eles fazem parte da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea), uma organização que promove a democracia na América Latina.

Segundo o presidente do Panamá, José Raul Mulino, o avião não recebeu autorização para decolar devido a um bloqueio no espaço aéreo da Venezuela. Mulino também informou que entre os passageiros estava a ex-presidente do Panamá, Mireya Moscoso.

A imprensa colombiana e panamenha tem divulgado que também estavam no avião os ex-presidentes Jorge Fernando Quiroga (Bolívia), Vicente Fox (México), Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica) e a ex-vice-presidente da Colômbia Marta Lucía Ramírez.

Nas redes sociais, Vicente Fox informou que todos os voos com destino a Caracas foram suspensos, classificando o episódio como um momento de “tristeza”. Ele também chamou Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela, de “ditador”.

A eleição na Venezuela ocorre no domingo, com dez candidatos concorrendo ao cargo de presidente. Edmundo González Urrutia é o principal opositor de Maduro, que busca seu terceiro mandato consecutivo. Pesquisas indicam 59% de intenção de voto para Urrutia e 24,6% para Maduro. A comunidade internacional pede por eleições transparentes após acusações anteriores de fraude no país.

Na quarta-feira (24), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não enviar observadores para acompanhar a eleição venezuelana. A decisão foi uma resposta às declarações de Maduro, que afirmou que a Venezuela possui o melhor sistema eleitoral do mundo, enquanto países como Colômbia e Brasil não têm urnas auditáveis.

Apesar disso, o governo brasileiro manteve a ida do assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, para acompanhar as eleições da Venezuela.

Fonte: R7

 

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