O fundador da plataforma de vídeos Rumble, Chris Pavlovski, voltou a criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quarta-feira (16), em meio ao acirramento da crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos.
A empresa foi uma das plataformas atingidas por decisões do ministro Alexandre de Moraes e teve sua atuação suspensa no país. Agora, Pavlovski afirma estar engajado em uma frente para pressionar o Brasil a recuar em medidas consideradas violadoras de direitos fundamentais.
“Brasil — continuo lutando pelos seus direitos. A Rumble retornará e a liberdade de expressão vencerá. Pode levar tempo, mas sou implacável”, escreveu o empresário nas redes sociais.
A fala ocorre após a série de medidas adotadas por Washington contra o Brasil, incluindo a promessa de imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto. A taxação foi anunciada por Trump como forma de retaliação ao que o governo norte-americano classificou como violações à liberdade de expressão e perseguição política, especialmente no caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O endurecimento da postura americana expôs a fragilidade do governo Lula no cenário internacional, agravando o desgaste diplomático já acumulado nos últimos meses. O bloqueio da Rumble no Brasil ocorreu por decisão direta de Moraes, em torno de inquéritos conduzidos no STF envolvendo ações consideradas antidemocráticas. A plataforma, rival do YouTube e conhecida por abrigar conteúdos de vozes conservadoras, foi uma das empresas estrangeiras citadas por autoridades dos EUA como alvo de censura pelo Judiciário brasileiro.
Embora o governo brasileiro tenha tentado enquadrar as medidas como assuntos internos e de soberania nacional, os Estados Unidos têm argumentado que o Brasil está sujeito a compromissos internacionais em matéria de direitos humanos e democracia. A retórica americana sustenta que, além dos brasileiros, cidadãos e empresas dos EUA também vêm sendo prejudicados por decisões que, conforme o Departamento de Estado, contrariam princípios constitucionais e acordos multilaterais.
Fonte: Conexão Política