O Brasil tem a terceira maior taxa entre os países do G20 — grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana — de homicídios intencionais, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (9). Em 2021, o indicador de assassinatos de homens por 100 mil habitantes foi de 39,55% e o de mulheres, 3,53%.
O Brasil perde só para África do Sul e México. A taxa de homicídios de homens por 100 mil habitantes nesses países foi de 72,04% e 50,54%, respectivamente. Já a de mulheres foi de 10,67% e 6,17%.
Os dados do IBGE são da publicação “Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20 – Caderno Desigualdades – primeiras análises”. O documento traz estatísticas sobre sete indicadores globais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que apresentam um retrato das desigualdades dentro dos países do G20 e entre eles, com a informação mais recente disponível para a maioria dos países.
Os ODS analisados pelo levantamento são pobreza, saúde, educação, gênero, crescimento econômico e trabalho decente, desigualdades e paz, justiça e instituições eficazes.
Segundo o IBGE, “a desagregação de dados para os indicadores ODS é fundamental para a implementação da Agenda 2030 e seu princípio de ‘não deixar ninguém para trás’, pois permite captar a população em situação de vulnerabilidade e as desigualdades, para então combatê-las através de políticas públicas”.
Brasil tem segunda maior taxa do G20 de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza internacional
O IBGE divulgou, nesta terça-feira (9), que o Brasil é o segundo país do G20 — grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana — com o maior número de pessoas extremamente pobres. Em 2022, de acordo com o órgão, 3,5% dos brasileiros viviam com menos de US$ 2,15 por dia, aproximadamente R$ 11. À frente do Brasil, está apenas a Índia, com uma taxa de 12,9%.
Segundo o levantamento, o top 10 de países do G20 com as maiores taxas de extrema pobreza também é composto por: Indonésia (2,5%), México (1,2%), Itália (0,8%), Argentina (0,6%), Turquia (0,4%), Reino Unido (0,2%), Estados Unidos (0,2%) e França (0,1%).
Quase metade dos brasileiros de até 17 anos vive abaixo da linha nacional de pobreza
O IBGE divulgou, nesta terça-feira (9), que quase metade da população brasileira de até 17 anos de idade está abaixo da linha nacional de pobreza, vivendo com US$ 6,85 por dia, aproximadamente R$ 35.
Em 2022, segundo o órgão, 49,9% das crianças de 0 a 5 anos de idade estavam nessa condição. Entre o público de 6 a 14 anos, a taxa foi de 48,5%. Entre adolescentes de 15 a 17 anos, o indicador foi de 46,6%.
Fonte: R7