Uma investigação realizada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e pela Administração de Fiscalização de Drogas (DEA, na sigla em inglês) revelou que o Cartel de Sinaloa financiou a campanha eleitoral do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.
Realizada entre 2010 e 2011, a investigação apurou que a maior facção criminosa mexicana investiu de US$ 2 milhões a US$ 4 milhões (entre R$ 9,9 milhões e R$ 19,8 milhões) na campanha de López Obrador, quando foi candidato à Presidência em 2006.
Gravações de áudio obtidas no inquérito mostram que membros do Cartel de Sinaloa participaram diretamente na entrega do dinheiro e confirmaram o financiamento ilícito.
Segundo o governo dos EUA, o dinheiro foi entregue por Arturo Beltrán Leyva a membros da equipe de campanha de López Obrador em nome da facção criminosa.
Em troca, o grupo pediu proteção e direito de participar na nomeação do procurador-geral da República, caso López Obrador ganhasse as eleições.
Na época, Leyva obteve fortuna com o tráfico de drogas, chegando a receber US$ 400 milhões (quase R$ 2 bilhões) por mês. Ele fazia parte da liderança do grupo.
Por parte do Cartel de Sinaloa, o principal responsável pela condução das negociações foi o narcotraficante Edgar Valdez Villarreal, um dos principais sócios de Leyva.
Já no lado da coligação da campanha de López Obrador, os responsáveis por receber o financiamento eram duas pessoas muito próximas ao presidente – Nicolás Mollinedo, o então motorista inseparável do presidente, e o político Mauricio Soto Caballero.
López Obrador é um membro ativo e colaborador do Foro de São Paulo. O presidente mexicano também é apoiador da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da ditadura venezuelana de Nicolás Maduro.
Fonte: Revista Oeste