O Paraguai deve registrar um dos maiores crescimentos econômicos da América Latina em 2025. A revisão feita pelo Banco Central do Paraguai elevou a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% para 5,3%, impulsionada pelo avanço dos setores de serviços, construção civil e energia elétrica.
Os dados indicam que o país mantém um ritmo de expansão acima da média regional, com crescimento acumulado de 5,9% no primeiro semestre do ano. O desempenho surpreendeu economistas e turbina a imagem de estabilidade fiscal e previsibilidade que o país vem construindo na última década.
O resultado coloca o Paraguai à frente de economias maiores, como a da China, que conta com previsão oficial de crescimento está em 4,8%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A base do crescimento paraguaio está em um modelo fiscal simples e de baixa tributação. O imposto de renda no país é de 10% para pessoas físicas e jurídicas, e o imposto de consumo também segue o mesmo percentual. O sistema permite deduzir do imposto de renda os gastos de consumo, o que na prática reduz a carga tributária sobre os lucros efetivos.
A política de incentivos é complementada pela Lei de Maquila, que concede benefícios fiscais a empresas que produzem no Paraguai para exportação. O regime permite pagar apenas 1% sobre o valor agregado e isenta importações de insumos e equipamentos. Atualmente, mais de 300 indústrias operam sob esse modelo, principalmente nos setores têxtil, automotivo e eletrônico.
Neste ano, o governo ampliou o programa para o setor de serviços, abrindo espaço para empresas de tecnologia, call centers e exportadoras digitais. A alegação da gestão do direitista Santiago Peña, do Partido Colorado, é de que o país precisa diversificar ainda mais a economia e transformar o país em um polo de serviços regionais.
Fonte: Conexão Política





