ARACAJU/SE, 25 de novembro de 2024 , 5:48:00

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COP28 pede transição de combustíveis fósseis pela primeira vez na história

 

Pela primeira vez, um texto acordado na cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) apela a todos os países para que façam uma transição energética para se distanciar dos combustíveis fósseis – e não que eles sejam eliminados, como muitos governos queriam.

O texto reconhece a necessidade de reduções profundas, rápidas e sustentadas se a humanidade quiser limitar o aumento da temperatura global em 1,5ºC.

A sala de conferências da COP irrompeu em aplausos, com abraços e largos sorrisos nos rostos das delegações, quando o acordo foi anunciado.

“Juntos encaramos a realidade e colocamos o mundo na direção certa”, disse o presidente da COP28, Sultan Ahmed Al-Jaber.

Muitos países esperavam que o texto aprovado ontem (13) em Dubai apontasse a “eliminação gradual” do uso de combustíveis fósseis em todo o mundo. A eliminação gradual ou progressiva exigiria que os países reduzissem gradualmente a quantidade que produzem e utilizam até chegarem a zero.

O acordo, no entanto, apela à “redução” do uso destes combustíveis – isso significa a diminuição do quanto um país depende de combustíveis fósseis, sem a exigência de uma meta de zero.

Houve outras críticas. Samoa, por exemplo, disse que as nações insulares, ilhas gravemente atingidas pelas alterações climáticas, “não estavam presentes” quando o texto foi aprovado.

A queima de combustíveis fósseis provoca o aquecimento global, colocando em risco milhões de vidas. Até hoje, os governos nunca concordaram coletivamente em parar de usá-los.

Em fala após o anúncio do acordo, a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, disse que os países desenvolvidos deveriam assumir a liderança na transição dos combustíveis fósseis.

“O desafio de cumprir esta missão 1,5ºC dependerá do compromisso de todos”, disse Marina.

Ela afirmou que o Brasil está satisfeito e honrado em poder ajudar nisso – o Brasil sediará a COP daqui a dois anos, na Amazônia, em Belém.

Fonte: BBC News Brasil

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