A Corte Internacional de Justiça, também conhecida como Tribunal de Haia, emitiu, nesta sexta-feira (26), uma série de medidas provisórias contra Israel. Elas teriam como base a necessidade de proteger os direitos dos palestinos em Gaza.
O anúncio antecede a decisão final sobre os méritos do caso aberto pela África do Sul. O país africano acusa o Estado israelense de praticar genocídio na guerra em curso contra o grupo terrorista Hamas.
Os 17 juízes, com 15 votos contra 2, aprovaram as seguintes medidas: Israel deverá evitar a morte ou o ferimento de inocentes em Gaza, evitar condições calculadas para destruir totalmente ou parcialmente a população e evitar condições destinadas a impedir nascimentos entre os habitantes de Gaza.
Primeiro-ministro israelense critica decisão
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou, nesta sexta-feira (26), a decisão provisória da Corte de Haia ao não descartar as acusações da África do Sul e exigir de seu país medidas a fim de evitar a “prática de atos genocidas contra os palestinos”.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Netanyahu afirmou que a decisão deixou para o Tribunal Internacional “uma marca de desonra que não será apagada por gerações”.
O premiê classificou de “ultrajante” a alegação de que Israel está cometendo genocídio contra os palestinos.
“É nosso compromisso sagrado continuar a defender nosso país e nosso povo”, disse Netanyahu. “Estamos travando uma guerra justa, e continuaremos até a vitória completa, até derrotarmos o Hamas, devolvermos todos os sequestrados e garantirmos que Gaza não representará mais uma ameaça a Israel”.
Fonte: Revista Oeste