O governo americano, liderado pelo presidente Donald Trump, iniciou uma atualização dos fatores que serão levados em consideração para conceder benefícios migratórios, como caráter moral, atividades antiamericanas, terroristas ou antissemitas. Estes passam a ser considerados pontos negativos e podem resultar na recusa do pedido.
O anúncio veio nessa terça-feira (19), através do Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS), que informou que está atualizando as diretrizes do manual de políticas sobre os elementos que os funcionários consideram em certos pedidos de benefícios que exigem sua análise.
Entre os novos fatores, será considerada qualquer participação em organizações contrárias às políticas americanas ou de caráter terrorista, bem como atividades antissemitas.
USCIS definiu a atividade antiamericana como “um fator extremamente negativo” em qualquer análise a critério de um funcionário.
Matthew Tragesser, porta-voz do USCIS, disse que os benefícios migratórios nos EUA “não devem ser concedidos àqueles que desprezam o país” e ressaltou que, na medida do possível, serão realizadas investigações rigorosas em cada caso.
“Os benefícios migratórios, incluindo viver e trabalhar nos EUA, continuam sendo um privilégio, não um direito”, acrescentou.
Conduta moral
O anúncio de hoje se soma a um memorando recente em que o USCIS instrui que os estrangeiros que solicitam a cidadania devem demonstrar que “foram e continuam sendo pessoas de boa conduta moral”, conhecido como GMC.
“A partir de agora, os funcionários do USCIS devem considerar os atributos positivos de um estrangeiro e não simplesmente a ausência de má conduta”, diz o memorando.
Os atributos positivos podem incluir participação ativa na comunidade, realizações educacionais, laços familiares, histórico profissional estável e legal e conduta financeira responsável, como o cumprimento das obrigações fiscais, entre outros.
Sob a nova política, os funcionários também podem ampliar a definição de fatores desqualificantes, se assim o considerar, como infrações de trânsito reiteradas.
Fonte: Gazeta do Povo