ARACAJU/SE, 22 de outubro de 2024 , 18:46:02

logoajn1

Ditadura esquerdista de Maduro intensifica repressão contra civis, culminando em prisões, mortes e feridos

 

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anuncia a imposição das Forças Armadas e policiais em ruas e comunidades do país a partir desta quarta-feira (31). A medida tem o objetivo de reprimir os atos contrários ao seu regime.

O comunicado ocorreu em uma reunião conjunta do Conselho de Estado e de Defesa com autoridades de seu governo na tarde da terça-feira (30) e o informou ao público venezuelano em pronunciamento horas mais tarde. Ele disse que “quer ver os policiais nas ruas até que haja a consolidação do plano de paz”.

O ditador venezuelano afirmou também que o país está sofrendo uma tentativa de desestabilização.

“Estamos enfrentando uma investida mundial, do imperialismo estadunidense, de Elon Musk, da direita internacional extremista e do narcotráfico colombiano para se apoderar do país por meio da criminalidade, do caos, da violência, da manipulação e da mentira”, emendou Maduro.

Mais de 700 manifestantes são detidas pelo regime chavista

Os protestos contra a continuidade do ditador esquerdista Nicolás Maduro no poder, que seguem eclodindo em diversas cidades da Venezuela, resultaram na morte ao menos 11 pessoas, de acordo com a ONG Foro Penal. Mais de 700 pessoas foram detidas, segundo informações do procurador-geral do regime.

A ONG, especializada na defesa de presos políticos, informou que as mortes ocorreram em vários estados e incluem dois adolescentes, sendo um de 15 anos e outro de 16.

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, confirmou, na noite dessa terça-feira (30), que o regime permanecerá realizando centenas de novas prisões.

Em nota, o procurador-geral Tarek William Saab mencionou que 749 pessoas foram presas desde o último domingo (28) e alertou que esse número pode aumentar.

Em comunicado à imprensa, Saab disse também que o Ministério Público está considerando acusações de resistência à autoridade e terrorismo contra os detidos.

Estudantes são detidos e outros desaparecem na Venezuela após coação

No último domingo (28), um grupo de estudantes da Universidade Nacional Experimental de Segurança (UNES) desapareceu após protestar contra o diretor da instituição. Os alunos alegaram que foram obrigados a votar em Nicolás Maduro, denunciando abuso de poder. Desde então, eles não foram mais vistos.

A ONG Provea, que atua na defesa dos direitos humanos, informou que os estudantes estavam exigindo o direito de votar livremente. Entre os desaparecidos estão Derwin Linares, Eudimar Labrador, Maick Delfín e Antonio Gutiérrez. A UNES, que treina aspirantes a policiais da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), confirmou o desaparecimento dos alunos ao portal TalCual.

Nessa terça-feira (30), surgiram novas informações: Labrador e Delfín foram localizados e estão detidos. Delfín estaria em uma instalação da PNB em San Bernardino, mas o local de confinamento de Labrador ainda é desconhecido. A Provea relatou que ambos foram presos sob acusações de traição à pátria e incitação ao ódio. Não há informações sobre o paradeiro dos demais estudantes.

Alguns familiares relataram que percorreram vários centros de detenção na tentativa de encontrá-los, mas não obtiveram respostas.

O major John García, diretor-geral de segurança da UNES, negou as acusações de coação eleitoral, classificando as denúncias como “uma tentativa de chamar atenção”. Ele afirmou que os desaparecidos não seriam punidos pelas declarações feitas.

Apesar da fala de García, o desaparecimento forçado é uma prática frequentemente usada pelo governo chavista para silenciar críticas ao regime. As ações são organizadas por agentes do Estado com o objetivo de espalhar medo entre os opositores e suas famílias, impedindo que denúncias de abusos ganhem força.

A Provea pontuou em nota que Venezuela tem sido investigada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade, incluindo desaparecimentos forçados, violência, prisões arbitrárias e outras violações de direitos humanos.

María Corina, líder da oposição no país, denuncia 16 mortes numa “escalada cruel e repressiva”

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, denunciou, nesta quarta-feira (31), “escalada cruel e repressiva” promovida pelo regime de Nicolás Maduro. Nas últimas 48 horas, foram registradas 177 prisões arbitrárias, 11 desaparecimentos forçados e 16 mortes, após a polêmica das eleições presidenciais do último domingo (28).

O Poder Eleitoral, alinhado ao regime de Maduro, declarou sua vitória, enquanto a oposição apontava diversas fraudes. Desde segunda-feira (29), milhares de opositores têm tomado as ruas da Venezuela, clamando por “Liberdade!” e reivindicando a vitória de Edmundo González Urrutia, conforme a contagem feita pela oposição e também por representantes internacionais, incluindo pesquisadores brasileiros, como noticiou o Conexão Política.

Em um comício realizado nessa terça-feira (30), em Caracas, González Urrutia apelou aos militares para que mantivessem a calma diante das manifestações. No mesmo dia, o líder oposicionista Freddy Superlano foi preso pelas autoridades do regime, segundo seu partido Voluntad Popular (VP), que alertou sobre a intensificação da repressão.

A organização de direitos humanos Foro Penal informou que pelo menos 11 civis morreram nos protestos, incluindo dois menores de idade. Machado utilizou suas redes sociais para denunciar a situação: “Alerto o mundo sobre a escalada cruel e repressiva do regime, que até então conta com mais de 177 detenções arbitrárias, 11 desaparecimentos forçados e pelo menos 16 assassinatos nas últimas 48 horas”.

Ela acrescentou: “Esta é a resposta criminosa de Maduro ao povo venezuelano que saiu às ruas como uma família, como uma comunidade, para defender a sua decisão soberana de ser livre. Estes crimes não ficarão impunes”.

Fonte: Conexão Política

Você pode querer ler também