Em uma reviravolta, a esquerda francesa conquistou o maior número de assentos da Assembleia Nacional da França nas eleições parlamentares de domingo (7), contrariando as expectativas das pesquisas de opinião, mas não terá maioria absoluta.
A coalizão de esquerda conseguiu 182 deputados. O centro, de Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar, com 163 assentos, e a ultradireita conquistou 143 lugares.
No primeiro turno, o partido de ultradireita de Marine le Pen ficou na frente, provocando a união de diversos partidos para tentar impedir o avanço da legenda.
Em termos absolutos, o Reunião Nacional ficou com 8,7 milhões de votos no segundo turno (32,05%), contra 7,0 milhões da coalizão de esquerda Nova Frente Popular (25,68%) e 6,3 milhões do grupo centrista de Emmanuel Macron (23,14%).
Foi o partido mais votado, mas ficou em terceiro lugar em número de assentos porque o centro e a esquerda se juntaram na chamada Frente Republicana e pediram para candidatos que ficaram em terceiro lugar no primeiro turno desistirem da disputa para unir forças para barrar a ultradireita no segundo turno.
O Reunião Nacional (RN) cometeu erros que levaram à sua derrota no segundo turno, disse o Jordan Bardella, um dos líderes da legenda, nesta segunda-feira (8).
“É claro que sempre cometemos erros, eu cometi alguns, todos nós cometemos alguns, e assumo minha parcela de responsabilidade por esses resultados”, destacou Bardella, falando com jornalistas do lado de fora da sede do partido em Paris.
Ainda assim, ele ressaltou que a hora do RN chegar ao poder foi apenas adiada.
Fonte: CNN Brasil