O grupo Meta, proprietário dos gigantes das redes sociais Facebook e Instagram, disse, nessa terça-feira (9), que começará a remover de suas plataformas as postagens que rotulam os judeus como “sionistas” e os visam para “causar danos”. Esta última atualização sobre a política do grupo de Mark Zuckerberg em relação ao uso da palavra “sionista” ocorre no momento em que a empresa de tecnologia luta para equilibrar a liberdade de expressão e os ataques de ódio contra judeus em meio ao conflito de Israel em Gaza, contra o grupo palestino Hamas.
“Vamos agora remover conteúdo que tenha como alvo os ‘sionistas’ com comparações desumanizantes, apelos a danos ou negações de existência com base no fato de ‘sionista’ nesses casos muitas vezes parecer ser um substituto para o povo judeu”, justificou a Meta em um comunicado.
A mudança expande a abordagem da Meta de tratar essa referência como discurso de ódio quando é usada em conjunto com imagens antissemitas ou faz referência clara ao povo judeu. A Meta disse que removerá conteúdo que ataque os “sionistas” quando, em vez de estar ligado a esse movimento político, estiver gerando estereótipos antissemitas, como alegações de que eles governam o mundo ou controlam a mídia.
A empresa disse no início deste mês que estava modificando sua política sobre o chamado discurso de ódio para adotar uma abordagem mais sutil, por exemplo, quando se trata de saber se o uso da palavra árabe “shahid” (shaheed, em inglês), que é comumente traduzido como “mártir”, constitui uma ultrapassagem desses limites.
Um conselho de supervisão independente, conhecido como tribunal superior do Meta para desafios de moderação de conteúdo, recomendou a mudança e saudou o relaxamento do que tem sido “efetivamente uma proibição geral” do termo “shahid”, de acordo com o membro do conselho Paolo Carozza.
Fonte: O Globo