ARACAJU/SE, 22 de outubro de 2024 , 18:32:36

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Em mais uma escalada autoritária, regime de Maduro anuncia rompimento de relações diplomáticas com o Peru, além da expulsão de diplomatas de sete países

 

A ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela anunciou a ruptura das relações diplomáticas com o Peru, em resposta ao reconhecimento do opositor Edmundo González Urrutia como “presidente eleito” pelo governo peruano.

A decisão do Peru foi vista pelo governo venezuelano como uma provocação, considerando uma “violação de sua soberania” e um desrespeito ao “resultado oficial” das eleições no país.

O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, manifestou sua indignação por meio de uma mensagem publicada no Twitter/X. Ele afirmou que a decisão foi impulsionada pelas “declarações imprudentes” do chanceler peruano, que, segundo Gil, ignorou a vontade do povo venezuelano e a Constituição do país.

O ministro das Relações Exteriores do Peru, Javier González-Olaechea, havia anunciado que seu governo reconhecia González como “o legítimo presidente eleito da Venezuela” e chamou Maduro de “uma pessoa que deseja perpetuar-se no poder através da ditadura”.

Após o anúncio da Venezuela, a Presidência do Peru afirmou nas redes sociais que a decisão foi devido à “impossibilidade de demonstrar de forma confiável a vitória eleitoral que lhe é atribuída, exibindo todas as atas com verificação internacional solicitadas por países e múltiplas organizações internacionais”.

No último domingo (28), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro vencedor com 51% dos votos, enquanto González obteve 44%. Contudo, o CNE não divulgou as atas que poderiam confirmar esses resultados.

Desde então, a oposição recolhe as atas recebidas por seus fiscais nas seções eleitorais onde tiveram acesso.

Expulsão de diplomatas

O governo da Venezuela exigiu, na segunda-feira (29), a retirada do corpo diplomático em Caracas da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

O país ordenou também a volta dos representantes venezuelanos nestes sete países latino-americanos, segundo anunciou o chanceler Iván Gil em comunicado publicado na rede social X.

Gil assegurou que se trata de uma resposta às “ações e declarações interferentes de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington, e abertamente comprometidos com os mais sórdidos postulados ideológicos do fascismo internacional, tentando reanimar o fracassado e derrotado Grupo de Lima”.

O Grupo de Lima foi criado em 2017 com o objetivo de estabilizar a situação política e social da Venezuela. Nos últimos anos, o bloco regional, formado por países das Américas, criticou o governo Maduro e defendeu a mudança de governo.

Fontes: Conexão Política e BBC News Brasil

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