A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou, na quarta-feira (1), um projeto de lei que expande mais amplamente a definição sobre o que pode ser considerado antissemitismo, como é chamada a discriminação contra judeus. O texto foi colocado em votação após o surgimento de protestos pró-palestinos em universidades de todo o país por causa da guerra entre Israel e o Hamas.
Os defensores da legislação dizem que a lei ajudará a combater o antissemitismo nas faculdades. Já os opositores dizem que a lei ameaça a liberdade de expressão.
O projeto teve 320 votos a favor e 91 contrários. Entre eles, 70 democratas e 21 republicanos votaram contra a lei.
A lei determina que o Departamento de Educação use como base para eventuais punições leis federais antidiscriminação. Atualmente, o Departamento usa a definição de antissemitismo apresentada pela Aliança Internacional pela Lembrança do Holocausto.
Os críticos do projeto de lei argumentam que a definição é excessivamente expansiva e pode levar a questões de censura.
Protestos nas universidades
Protestos pró-Palestina dominam as universidades dos Estados Unidos desde o dia 18 de abril. Mais de 1.500 pessoas foram presas em todo o país, de acordo com análise da CNN.
As detenções aconteceram em mais de 30 campi em 23 estados, incluindo prisões de estudantes e professores. Alguns ficaram feridos durante ação policial.
As exigências dos protestos variam de campus para campus, mas o foco principal é que as universidades se desfaçam de empresas com laços financeiros com Israel no meio da sua guerra com o Hamas.
Em Columbia, por exemplo, estudantes exigiam que a universidade corte laços com instituições acadêmicas israelenses e se comprometa com um “desinvestimento total” dos seus fundos de entidades relacionadas com Israel, entre outras coisas.
Fonte: CNN Brasil