O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (CGRI) do Irã anunciou, na segunda-feira (15), que pelo menos quatro mísseis balísticos foram lançados por grupos iraquianos apoiados por Teerã. Os bombardeios atingiram o Consulado dos Estados Unidos, a sede da agência de inteligência israelense Mossad e o Aeroporto Internacional de Erbil, no norte do Iraque.
Segundo a Força iraniana, os ataques não visavam a representação diplomática dos EUA, que sofreu danos significativos.
A emissora Sky News informou que o consulado foi atingido por “mísseis de longo alcance com grande capacidade destrutiva”. Além disso, o canal de TV informou que vários projéteis foram interceptados antes de chegarem à base norte-americana no Aeroporto de Erbil.
Os sistemas de defesa instalados no terminal neutralizaram com sucesso um drone. O serviço antiterrorista no Curdistão iraquiano confirmou o ataque frustrado, mas não há informações oficiais sobre potenciais vítimas ou danos às infraestruturas do aeroporto. Por causa dos ataques, o tráfego aéreo foi suspenso no terminal aéreo.
Os bombardeios também atingiram o quartel-general do Mossad. A sede da agência de inteligência de Israel, que era considerada um centro de desenvolvimento de operações especiais e planejamento de ataques na região, foi totalmente destruída.
Grupos apoiados pelo Irã visavam outros alvos
O CGRI afirmou que os ataques tinham como alvos “centros de espionagem e de reuniões de grupos terroristas anti-iranianos” no Curdistão iraquiano, conforme noticiado pela mídia estatal do Irã.
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica também declarou que realizou um ataque com mísseis à cidade de Aleppo, no norte da Síria. Segundo a Força iraniana, os alvos foram várias instalações do grupo Estado Islâmico.
O bombardeio teria sido uma resposta ao atentado contra um cortejo em homenagem ao general iraniano Qasem Soleimani na cidade de Kerman, no Irã, que resultou na morte de mais de cem iranianos.
Os ataques ocorrem em um momento em que tensões aumentaram na região.
Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro, milícias apoiadas pelo Irã no Iraque lançaram ataques quase diários de drones contra bases que abrigam forças dos EUA no país e na Síria.
Os grupos afirmaram que as ofensivas são uma resposta ao apoio de Washington a Israel e uma tentativa de forçar as tropas norte-americanas para deixarem a região.
Fonte: Revista Oeste