ARACAJU/SE, 21 de setembro de 2024 , 0:16:52

Em resposta, Israel bombardeia principal reduto da organização terrorista Hezbollah, no Líbano

 

Israel atacou, nesta sexta-feira (20), um edifício nos subúrbios ao sul de Beirute, conhecidos como Dahye, um importante – e talvez o principal – reduto do grupo terrorista xiita Hezbollah. As informações foram confirmadas pelo Exército israelense e pela agência de notícias libanesa ANN.

Três explosões foram ouvidas na área e pelo menos um edifício foi completamente destruído, segundo disse à Agência EFE uma testemunha que pediu anonimato.

Por sua vez, o Exército israelense anunciou que se tratou de um “ataque seletivo” direcionado contra um comandante de alto escalão do Hezbollah, identificado como Ibrahim Aqil, segundo confirmaram fontes da Defesa de Israel à imprensa local.

Este é o terceiro ataque de Tel Aviv contra Dahye desde o início do fogo cruzado entre as partes há quase um ano. Os dois anteriores mataram, respectivamente, o número dois do gabinete político do Hamas, Saleh al Arouri, em janeiro; e o principal comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, no final de julho.

Segundo a agência AFP, o ataque israelense em Beirute teria matado Ibrahim Aqil, um comandante sênior da unidade de elite Radwan do grupo terrorista. A informação foi transmitida por meio de uma fonte anônima próxima do movimento xiita.

Israel confirma morte de chefe de operações do Hezbollah

O Exército de Israel confirmou, nesta sexta-feira (20), a morte do chefe de operações do Hezbollah, Ibrahim Aqil, bem como de outros membros das suas forças de elite Radwan, no bombardeio que lançou contra os subúrbios ao sul de Beirute.

“Sob a direção precisa da Divisão de Inteligência, caças da Força Aérea atacaram a área de Beirute e mataram Ibrahim Aqil, chefe de operações da organização terrorista Hezbollah”, afirmou um comunicado militar, que faz referência a outras vítimas da organização terrorista xiita sem especificá-las.

Ibrahim Aqil, mais conhecido como Tahsin, faz parte do Conselho da Jihad, principal órgão militar do Hezbollah, e era procurado pelos Estados Unidos, cujo governo ofereceu uma recompensa de US$ 7 milhões no ano passado em troca de informações sobre seu paradeiro.

Aqil foi um dos membros da célula que assumiu a responsabilidade pelo bombardeio de um quartel de fuzileiros navais dos EUA em Beirute, em 1983, no qual morreram 241 soldados. Além disso, é acusado de ter dirigido o sequestro de cidadãos americanos e alemães no Líbano na década de 1980.

À medida que aumenta a tensão de uma possível escalada, o Exército israelense confirmou a realização de uma reunião nesta sexta-feira entre o chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, com o chefe do Comando Norte e os comandantes das diversas divisões militares responsáveis pela frente libanesa.

Este é o terceiro bombardeio israelense contra Dahye desde o início do fogo cruzado entre Hezbollah e Tel Aviv há quase um ano. Os dois anteriores mataram, respectivamente, o número dois do gabinete político do Hamas, Saleh al Arouri, em janeiro; e o principal comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, no final de julho.

Israel detecta lançamento de cerca de 170 foguetes do Hezbollah em várias rajadas

O Exército de Israel detectou, nesta sexta-feira, pelo menos 170 foguetes lançados pelo Hezbollah contra o território israelense, enquanto se espera que esses ataques aumentem nas próximas horas após o bombardeio contra os subúrbios ao sul de Beirute, um bastião da milícia xiita.

Em uma quarta rajada, o Exército israelense relatou o lançamento de cerca de 20 foguetes, “pelo menos metade deles abatidos pelas defesas aéreas”. Segundo a imprensa israelense, um deles caiu na rodovia 90, no norte do país, sem causar feridos.

Horas antes, o Exército israelense havia relatado uma terceira saraivada também composta por 20 projéteis, precedida pelo lançamento múltiplo de outros 70 e 60 foguetes desde o início da manhã, totalizando 170 projéteis em um dia de intensidade crescente na fronteira.

Segundo um comunicado militar, muitos dos foguetes foram interceptados no ar ou caíram em espaços abertos, causando alguns incêndios.

Como resultado do fogo cruzado que Israel e o Hezbollah têm mantido desde o início de outubro, paralelamente à guerra na Faixa de Gaza, cerca de 60 mil israelenses continuam evacuados de comunidades próximas da linha divisória.

Primeiro-ministro de Israel se manifesta

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, nesta sexta-feira (20), que os objetivos militares do país “são claros”, após o ataque a um prédio em Beirute, no Líbano, onde estavam líderes do grupo terrorista Hezbollah.

“Nossos objetivos são claros e nossas ações falam por si só”, declarou Netanyahu logo após as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmarem a morte do chefe de operações militares do Hezbollah, Ibrahim Aqil, e de mais de dez membros de alto escalão do esquadrão de elite do grupo terrorista.

Entre os objetivos da guerra na Faixa de Gaza, Israel também inclui o retorno de cerca de 60 mil pessoas que tiveram que deixar suas casas no norte do país em outubro de 2023 devido ao fogo cruzado diário com o Hezbollah perto da fronteira com o Líbano.

O Hezbollah reiterou que seus ataques não vão parar até que termine a guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas – que como a própria organização libanesa conta com apoio do Irã.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, advertiu mais cedo que o país continuará a atacar o Hezbollah até que a meta de levar de volta os moradores se torne realidade.

“A série de operações na nova fase da guerra continuará até que alcancemos nosso objetivo: garantir o retorno seguro das comunidades do norte de Israel às suas casas”, disse Gallant em comunicado.

“Continuaremos a perseguir nossos inimigos para defender nossos cidadãos, inclusive em Dahyeh (subúrbio de Beirute)”, alertou Gallant sobre um ataque que ele descreveu como “preciso”.

Ao menos 14 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas em um ataque israelense nesta tarde a um prédio nos subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, de acordo com dados do Ministério da Saúde Pública do Líbano.

Fontes: Gazeta do Povo e Agência EFE

 

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