Esta segunda-feira (8) marca os três meses de guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo massacre de 7 de outubro. O porta-voz israelense, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) eliminaram, neste fim de semana, os dois comandantes do Hamas responsáveis pelos ataques ao kibutz Be´eri.
O ataque aéreo que matou os terroristas aconteceu no centro da Faixa de Gaza, em uma operação conjunta das FDI e da Shin Bet, a agência de segurança de Israel. Os mortos são o comandante do batalhão Nuseirat do Hamas, Ismail Sirai, e seu vice, Ahmed Wahaba.
De acordo com as FDI, os comandantes foram os responsáveis pelos massacres subsequentes a outras comunidades na fronteira de Israel com Gaza, além do kibutz Be´eri.
Balanço de três meses de guerra
No sábado (6), as FDI organizaram uma coletiva de imprensa para um balanço de guerra em três meses de conflito. Hagari afirmou que as tropas israelenses já destruíram toda a infraestrutura do Hamas no norte da Faixa de Gaza, concluindo “com sucesso o desmantelamento do quadro militar dos terroristas na área”.
Hagari explicou que, mesmo assim, batalhas e disparos esporádicos de foguetes ainda poderão ocorrer no norte da Faixa de Gaza.
O oficial destacou que o foco principal das tropas das FDI a partir de agora passa a ser a “desmontagem” do grupo terrorista palestino no centro e no sul da Faixa de Gaza.
O porta-voz ressaltou que as cidades no centro de Gaza são “densas e cheias de terroristas”, enquanto Khan Younis, no sul, possui uma “cidade subterrânea de túneis ramificados”.
Irã ajudou o Hamas a desenvolver mísseis, afirma Israel
Soldados israelenses encontraram em Gaza equipamentos que, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), provam a ligação do Irã com o Hamas. Segundo o The Times of Israel, as FDI descobriram, na busca dentro dos túneis, dispositivos usados pelo grupo terrorista para desenvolver mísseis guiados de precisão, sob supervisão iraniana.
Nota oficial da entidade militar israelense informa que as forças encontraram “componentes que provam que os terroristas da organização terrorista Hamas estudaram sob orientação iraniana como operar e construir componentes de precisão e armas estratégicas”.
Foram compartilhadas imagens do que os militares israelenses disseram ser o motor de foguete e a ogiva de um míssil de cruzeiro desenvolvido pelo Hamas.
Tal tecnologia representaria uma atualização perigosa das capacidades armamentistas do grupo terrorista, que estaria desenvolvendo mísseis de maior alcance.
O anúncio das FDI ocorreu no momento em que os combates em Gaza entravam no terceiro mês desde o início da guerra, em 7 de outubro, depois de terroristas do Hamas terem invadido Israel, assassinado mais de 1,2 mil pessoas e sequestrado 240. Cerca de 130 ainda estão sob controle dos extremistas.
Fonte: Revista Oeste
