ARACAJU/SE, 25 de novembro de 2024 , 6:24:43

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Essequibo: Guiana pretende acionar Conselho de Segurança da ONU contra eventual invasão da Venezuela

 

O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, disse, nesta quarta-feira (6), que pretende acionar o Conselho de Segurança das Nações Unidas, depois de a Venezuela divulgar um novo mapa do país com o território de Essequibo anexado, região rica em petróleo que está em disputa.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, entregou, na terça-feira (5), uma proposta de lei à Assembleia Nacional para criar a província venezuelana “Guiana Esequiba”, incorporando o território do vizinho. Ele também ordenou que a petroleira estatal PDVSA conceda licenças para a exploração de petróleo, gás e minerais na área.

A hipótese de acionar o Conselho de Segurança já havia sido ventilada pelas autoridades do país, caso a situação escalasse.

“Alerta máximo”

Ifaan Ali afirmou que as ações de Maduro são um “desrespeito flagrante” à decisão da Corte Internacional de Justiça (CJI), que proibiu a Venezuela de tentar anexar Essequibo.

“A Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo. A Venezuela declarou-se claramente uma nação fora da lei”, afirmou o presidente da Guiana, acrescentando que também conversou com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Disputa histórica

A posse de Essequibo foi concedida em 1899 à Guiana, à época uma colônia inglesa, por meio de arbitragem feita pelos Estados Unidos. A Venezuela questiona desde então a decisão e, em 1966, chegou a firmar um acordo com a Inglaterra, que reconhecia como nulo o Laudo Arbitral. Naquele mesmo ano, no entanto, a Guiana conquistou a independência, o que na prática manteve o acordo em suspenso até hoje. Desde então, a Venezuela considera o caso em aberto, à espera de uma solução.

A disputa voltou a esquentar em 2015, quando foi descoberto petróleo na região de Essequibo. Estima-se que na Guiana existam reservas de 11 bilhões de barris, sendo que a parte mais significativa é “offshore”, ou seja, no mar. Por causa das reservas fósseis, a Guiana tornou-se o país sul-americano que mais cresce nos últimos anos.

Investidores

Um consórcio liderado pela Exxon Mobil começou a produzir petróleo na costa da Guiana no final de 2019, e as exportações começaram em 2020. O presidente da Guiana afirmou que os investidores do país não precisam se preocupar com as ameaças venezuelanas.

“Nossa mensagem é muito clara: seus investimentos estão seguros”, declarou. “Nossos parceiros e a comunidade internacional estão prontos e nos garantiram apoio”.

Fonte: VEJA

 

 

 

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