O governo da Venezuela disse ontem (14) que os diálogos com a Guiana sobre a situação de Essequibo continuam. Em publicação no perfil oficial da comunicação da Presidência, o governo venezuelano afirmou que os dois países estão trabalhando para “resolver a controvérsia em relação ao território”.
O presidente Nicolás Maduro se reuniu ontem (14) com o líder da Guiana, Mohammed Irfaan Ali, em São Vicente e Granadinas, no Caribe. É a primeira reunião diplomática entre os dois desde que Maduro realizou um referendo para anexar Essequibo – que corresponde a 74% do território guianês – e aumentou a tensão entre os dois países.
O encontro foi mediado pela Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e a Caricom (Comunidade do Caribe (Celac). O Brasil enviou o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim.
Na terça-feira (12), Ali afirmou que participaria da reunião apenas por respeito e declarou que seu objetivo é “manter a paz, estabilidade e o respeito pelo Estado de Direito e a governança”.
O presidente guiano já afirmou que não cederá nenhuma parte da região de Essequibo reivindicada pela Venezuela, e que não está disposto a negociar ou mudar de posição.
Referendo
Os venezuelanos votaram em 3 de dezembro em um referendo sobre a anexação de parte do território da Guiana. A medida, de caráter consultivo, foi anunciada por Maduro em 10 de novembro.
A disputa entre os países, que dura mais de um século, está relacionada à região de Essequibo ou Guiana Essequiba. Depois do resultado, o governo venezuelano deve decidir as estratégias para a anexação do território.
Essequibo tem 160 mil km² e é administrado pela Guiana. A área representa 74% do território do país vizinho, é rica em petróleo e minerais, e tem saída para o Oceano Atlântico.
Fonte: Poder360