A Casa Branca divulgou neste sábado, 1º, os detalhes de um acordo comercial descrito como “histórico” entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping. O pacto, fechado durante uma reunião bilateral em Busan, na Coreia do Sul, busca aliviar as tensões entre as duas maiores economias do mundo e fortalecer as relações comerciais.
De acordo com o governo americano, o acordo representa uma “grande vitória” e inclui cortes de tarifas pelos Estados Unidos e uma série de compromissos da China em áreas estratégicas, como o combate ao fentanil, o comércio de terras raras e a retomada de importações agrícolas. As informações são do jornal New York Post.
Em nota, a Casa Branca afirmou que o entendimento “protege a força econômica e a segurança nacional dos EUA, ao mesmo tempo em que prioriza trabalhadores, agricultores e famílias americanas”.
Principais compromissos da China
Pelos termos do acordo, o presidente chinês se comprometeu a restringir o envio de precursores químicos usados na produção de fentanil para os EUA, suspender controles de exportação sobre terras raras e reabrir o mercado chinês para produtos agrícolas americanos.
Entre as medidas estão:
- Suspensão dos novos controles de exportação de terras raras, gálio, germânio, antimônio e grafite.
- Redução das tarifas retaliatórias sobre produtos agrícolas, como soja, milho e carne suína.
- Compra de 12 milhões de toneladas de soja americana até o fim deste ano e 25 milhões anuais até 2028.
- Retomada das importações de sorgo e toras de madeira de lei dos EUA.
- Fim das sanções e investigações sobre empresas de semicondutores e setores marítimos americanos.
Compromissos dos EUA
Em troca, os EUA concordaram em reduzir tarifas sobre importações chinesas em 10 pontos percentuais a partir de 10 de novembro, além de manter suspensas as tarifas recíprocas mais elevadas até 2026.
Outras medidas incluem:
- Prorrogação de isenções tarifárias até 2026.
- Adiamento da entrada em vigor de novas regras de exportação que afetariam empresas chinesas.
Suspensão temporária de novas investigações comerciais nos setores de construção naval e logística da China.
A Casa Branca classificou o acordo como mais um resultado “histórico” da viagem de Trump pela Ásia, que também rendeu novos acordos comerciais com a Malásia e o Camboja, além de avanços nas negociações com a Tailândia e o Vietnã.
O governo americano destacou ainda que a visita fortaleceu compromissos de investimento com o Japão e a Coreia do Sul.
“Este acordo coroa uma série de vitórias históricas para o povo americano”, afirmou a Casa Branca em comunicado.
Fonte: Portal Terra





