ARACAJU/SE, 12 de setembro de 2025 , 19:32:19

EUA promete responder “de forma adequada” à condenação de Bolsonaro, afirma secretário de Estado

 

Depois da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ter fechado em 4 a 1, nessa quinta-feira (11), o placar para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por acusações de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que Washington responderá “de forma adequada”.

“As perseguições políticas do violador de direitos humanos Alexandre de Moraes [ministro do STF e relator do processo] continuam, já que ele e outros membros da Suprema Corte do Brasil decidiram injustamente pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”, escreveu Rubio no X.

Mais cedo, o presidente americano, Donald Trump, havia manifestado surpresa com a condenação de Bolsonaro.

“Eu assisti ao julgamento, conheço-o muito bem. Como líder estrangeiro, achei que ele foi um bom presidente. É muito surpreendente que isso possa acontecer. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de forma alguma”, declarou Trump.

O presidente americano e Rubio não adiantaram que medidas adicionais serão tomadas contra o Brasil.

Em 6 de agosto, entrou em vigor uma tarifa de 50% na importação de produtos brasileiros imposta por Washington.

O governo Trump mencionou como um dos motivos para a tarifa o processo contra Bolsonaro no STF. Entretanto, a taxa não foi aplicada para cerca de 700 produtos brasileiros, entre eles suco e polpa de laranja e aeronaves civis.

No final de julho, o Departamento do Tesouro americano impôs sanções econômicas contra Moraes com base na Lei Magnitsky, uma legislação dos Estados Unidos que permite a Washington aplicar punições contra acusados de violação de direitos humanos e corrupção em todo o mundo.

Antes disso, o Departamento de Estado havia anunciado a revogação dos vistos de Moraes, de “aliados dele” no STF e seus familiares, que ficaram assim impedidos de entrar nos Estados Unidos.

Fonte: Gazeta do Povo

 

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