Líder histórico da extrema direita na França, Jean-Marie Le Pen morreu nesta terça-feira (7/1), aos 96 anos, segundo anunciou a família. Jean-Marie é pai de Marine Le Pen, que também tem destaque na extrema direita francesa.
Jean-Marie Le Pen fundou, em 1972, a Frente Nacional, partido político de ultra-direita que, inicialmente, reunia neofascistas e com o tempo foi se moderando. A sigla foi presidida por ele até 2011, quando a filha – Marine Le Pen -, assumiu a direção e a rebatizou para Reagrupamento Nacional.
Em 2015, considerado polarizador e abertamente racista, o político foi expulso da Frente Nacional após uma briga com a filha, também líder do partido. Inicialmente, Le Pen foi suspenso depois de opinar que o Holocausto era “um detalhe da história”. Após a demissão, ele fundou o partido Comités Jeanne, também de extrema direita.
O atual presidente do Reunião Nacional, Jordan Bardella, lamentou a morte de Le Pen e o chamou de “tribuno do povo”. “Engajado sob o uniforme do exército francês na Indochina e na Argélia, tribuno do povo na Assembleia Nacional e no Parlamento Europeu, ele sempre serviu à França, defendeu sua identidade e sua soberania”, escreveu Bardella nas redes sociais.
Jean-Marie Le Pen foi candidato à Presidência da França cinco vezes e, em 2002, chegou ao segundo turno das eleições, mas perdeu para Jacques Chirac.
Em 2022 o político sofreu um derrame e, desde então, precisou recorrer aos médicos algumas vezes: em 2023 ele sofreu um ataque cardíaco e precisou ficar três semanas internado, e, em 2024, Le Pen foi colocado sob proteção legal a pedido da família.
Jean-Marie Le Pen estava internado há algumas semanas devido à saúde debilitada e morreu ao meio-dia (8h no horário de Brasília) “cercado por sua família”.
Fonte: Metrópoles