ARACAJU/SE, 18 de junho de 2025 , 15:33:38

G7 expressa apoio a Israel e chama Irã de ‘fonte de instabilidade e terror regional’

 

O Grupo dos Sete países expressou apoio a Israel e rotulou seu rival Irã como uma fonte de instabilidade no Oriente Médio, em um comunicado emitido no final da segunda-feira (16) que pedia paz e estabilidade na região.

A guerra aérea entre Irã e Israel – que começou na sexta-feira (13), quando Israel atingiu o Irã com ataques aéreos – aumentou os alarmes em uma região que já estava no limite desde o início do ataque militar de Israel a Gaza em outubro de 2023.

“Afirmamos que Israel tem o direito de se defender. Reiteramos nosso apoio à segurança de Israel”, disseram os líderes do G7 no comunicado.

“O Irã é a principal fonte de instabilidade e terror regional”, acrescentou o comunicado, afirmando que o G7 deixou “claro que o Irã jamais poderá ter uma arma nuclear”.

Trump pede “rendição incondicional” do Irã

Israel e Estados Unidos estão intensificando a pressão sobre o Irã, reacendendo especulações de que Washington possa estar se preparando para entrar no ataque lançado por seu principal aliado no Oriente Médio.

Na tarde dessa terça-feira (17), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que deseja que o Irã se “renda incondicionalmente”, e que o país sabe onde o aiatolá Ali Khamenei “está escondido”, mas que não ataca para não atingir tropas americanas nem civis.

“Sabemos exatamente onde o chamado “líder supremo” está se escondendo. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá”, escreveu Trump em um post na sua rede social Truth Social. “Nós não vamos abatê-lo (matá-lo!), pelo menos não por enquanto, [mas] nossa paciência está se esgotando”, falou.

A declaração veio depois que Trump defendeu um fim definitivo ao programa nuclear iraniano, após deixar antecipadamente a reunião do G-7 no Canadá — gesto que provocou questionamentos sobre a possibilidade de um cessar-fogo.

“Um fim. Um fim de verdade. Não um cessar-fogo. Um fim”, declarou Trump a jornalistas a bordo do Air Force One mais cedo, ao ser questionado sobre seus comentários de que estava deixando o Canadá por algo “muito maior” do que um acordo temporário.

Israel lança novo ataque contra o Irã em meio a rumores de entrada dos EUA na guerra

A Força Aérea de Israel lançou, nessa terça-feira (17), uma nova série de bombardeios contra o Irã, em meio a rumores de que os EUA podem entrar na guerra a seu lado. Os alvos, segundo os militares israelenses, são as cidades de Teerã, centro nervoso do regime dos aiatolás, e Isfahan, onde ficam alvos nucleares e militares.

Segundo a agência estatal Irna, várias explosões foram ouvidas na capital iraniana na noite de hoje (tarde no horário brasileiro). Teerã enfrenta desde o início da semana um êxodo de civis, que congestionaram as estradas para o interior do país.

Ao menos 12 alvos foram atingidos em Isfahan, segundo o porta-voz das Forças Armadas israelenses, brigadeiro-general Effie Defrin. Os militares israelenses divulgaram um vídeo de ataques três locais importantes para armazenamento e lançamento de mísseis terra-terra que foram atingidos em Isfahan na terça-feira.

“Graças aos nossos ataques, as forças do regime iraniano foram empurradas para o centro do Irã. Eles se retiraram do oeste do Irã – mas estamos logo atrás deles”, disse o porta-voz.

As forças armadas israelenses também dizem ter atingido vários lançadores de mísseis e radares de detecção em todo o Irã que, segundo elas, tinham como objetivo impedir os ataques israelenses.

Neste clima de tensão, nessa terça-feira foram formadas longas filas em frente a padarias e postos de combustível, às vezes de vários quilômetros. Embora os pequenos comércios de bairro ainda estejam abertos, os mercados e joalherias de toda a cidade fecharam suas portas. Também o Gran Bazar permanece fechado.

Os bombardeios israelenses têm deixado graves danos em zonas residenciais, com janelas destruídas, fachadas desabadas e muitos escombros.

Em meio às bombas, o Irã restringiu severamente o acesso à internet e reduziu sua largura de banda em 80% em um esforço para combater agentes israelenses que, segundo o país, ainda estão realizando operações secretas, de acordo com duas autoridades iranianas, uma delas do Ministério das Telecomunicações.

A agência de notícias Tasnim, afiliada à Guarda Revolucionária, disse que a internet seria desativada na noite de terça-feira, para ser substituída por um serviço de intranet controlado pelo Irã. Após dias de interrupção, o tráfego da internet no Irã caiu drasticamente, de acordo com uma análise da Netblocks, um grupo global de monitoramento da internet.

Os bombardeios mútuos deixaram pelo menos 224 mortos no Irã e 24 em Israel, segundo os últimos balanços comunicados pelas autoridades de ambos os países.

Fontes: Reuters, InfoMoney e Estadão

 

Você pode querer ler também