O Hamas afirmou, nessa quarta-feira (2), que está estudando a proposta de cessar-fogo para a Faixa de Gaza apoiada pelos Estados Unidos.
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou, na terça-feira (1°), que Israel aceitou as condições necessárias para um cessar-fogo de 60 dias com o Hamas, após uma reunião entre seus representantes e autoridades israelenses.
Ele destacou que a proposta seria a “final” e alertou que as “coisas piorarão” se o Hamas não aceitar o documento.
Em um comunicado, o grupo palestino afirmou estar estudando novas ofertas de cessar-fogo recebidas dos mediadores Egito e Catar, mas que busca chegar a um acordo que garanta o fim da guerra e a retirada dos militares israelenses de Gaza.
Enquanto isso, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu a eliminação do Hamas em seus primeiros comentários públicos desde o anúncio de Trump.
“Não haverá Hamas. Não haverá ‘Hamastão’. Não vamos voltar a isso. Acabou”, afirmou.
As declarações de ambos os lados do conflito reiteraram posições que já destacaram anteriormente, sem dar pistas sobre se ou como um acordo poderia ser alcançado.
Há uma crescente pressão pública sobre Netanyahu para que chegue a um cessar-fogo permanente e ponha fim à guerra, que já dura quase dois anos. Porém, o fim do conflito é criticado por integrantes linha-dura de sua coalizão.
Ao mesmo tempo, os ataques dos EUA e de Israel a instalações nucleares no Irã e o cessar-fogo após o conflito de 12 dias entre Israel e Irã pressionaram o Hamas, que é apoiado pelo governo iraniano.
Os líderes israelenses acreditam que, com o Irã enfraquecido, outros países da região têm a oportunidade de estreitar laços com Israel.
Fonte: Reuters
