O Brasil caiu duas posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (13) pela Organização das Nações Unidas (ONU). Agora, o país ocupa a 89ª posição na lista com 193 países elaborada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Apesar da alteração, o Brasil voltou a crescer depois de dois anos de queda do IDH. Mesmo assim, ainda está em patamar inferior ao período pré-pandemia. O índice mede dados como expectativa de vida, renda e escolaridade, variando de 0 a 1. Quanto mais perto de 1, melhor o desempenho no quesito.
Os dados coletados para a elaboração do ranking são de 2022. O país alcançou avaliação de 0,760. Antes da pandemia, o Brasil ocupava a 84ª posição na lista, com pontuação de 0,766.
Apesar disso, o país continua um pouco acima da média mundial, de 0,739. O patamar confere um lugar no grupo de nações com IDH considerado alto.
Em relação ao resto do mundo, o IDH avançou, mas de forma desigual. Segundo o Pnud, a recuperação dos anos da pandemia tem sido um processo “parcial, incompleto e desigual”.
Na lista dos 193 países, Suíça (0,967), Noruega (0,966) e Islândia (0,959) lideram. Já Somália (0,380), Sudão do Sul (0,381) e República Centro-Africana (0,387) ficaram nas últimas posições. Em relação à América do Sul, o Brasil ficou atrás do Chile (0,860), Argentina (0,849) e Uruguai (0,830).
Segundo a ONU, um dos principais problemas do Brasil é a dificuldade em dar continuidade às políticas públicas. Isso afeta o desempenho corrente do país na educação, por exemplo.
No resto do mundo, o programa indica um momento de polarização e de divisão geopolítica. Além dos prejuízos da pandemia, o índice também foi afetado pelas guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, crises fiscais e conflitos internos em países menos desenvolvidos, como Sudão do Sul e Iêmen.
Fonte: Poder360