A Guarda Revolucionária do Irã garantiu, nesta quinta-feira (19), que Israel sofrerá “uma esmagadora resposta” após as explosões dos pagers e walkie-talkies que pertenciam a membros do grupo terrorista libanês Hezbollah no Líbano, que matou 37 pessoas e feriu outras 3.200. Os iranianos atribuíram a Israel a responsabilidade pelas detonações, o país não assumiu autoria e nem comentou diretamente o ato.
“Em breve haverá uma esmagadora resposta do Eixo da Resistência e testemunharemos a destruição deste regime sanguinário e criminoso”, disse o comandante-chefe da Guarda Revolucionária iraniana, general Hossein Salami, em uma mensagem ao líder terrorista do Hezbollah, Hassan Nasrallah, segundo informou o portal Iran Nuances.
“Estes atos terroristas são, sem dúvida, o resultado do desespero e dos sucessivos fracassos do regime sionista”, acrescentou o chefe da poderosa força militar iraniana.
O chamado Eixo da Resistência é uma aliança informal anti-Israel liderada pelo Irã e composta por grupos terroristas como o Hezbollah, os palestinos do Hamas e pelos rebeldes extremistas houthis do Iêmen, entre outros.
Tanto o Irã quanto o governo do Líbano culparam Israel pelas explosões simultâneas de pagers e walkie-talkies na terça (17) e na quarta-feira (18), que também feriu o embaixador iraniano no Líbano, Mojtaba Amani.
Segundo a versão oficial iraniana, o diplomata iraniano está em boas condições.
Por sua vez, o representante do Irã nas Nações Unidas, Saeed Iravani, alertou, nesta quinta, que seu país se reserva o direito de responder “legalmente ao ataque” ao seu embaixador no Líbano.
Já o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, criticou os países ocidentais e especialmente os Estados Unidos pelo seu apoio a Israel após as explosões no Líbano, que ele descreveu como o “cúmulo da criminalidade”.
No final de julho, o líder terrorista do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado em Teerã, para onde havia viajado para participar da cerimônia de posse de Pezeshkian, e o país islâmico prometeu uma dura vingança, o que ainda não ocorreu.
Fonte: Gazeta do Povo