ARACAJU/SE, 15 de janeiro de 2025 , 20:47:55

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Israel e Hamas estabelecem cessar-fogo, com libertação de reféns

 

As representações diplomáticas de Israel e Hamas concordaram com os termos para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, nesta quarta-feira (15), anunciou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em sua rede social. Mais cedo, a notícia também havia sido publicada pelo jornal israelense Haaretz, que citou uma fonte diplomática. A confirmação da fonte israelense chega em um momento em que a expectativa pelo acordo crescia com a convocação de uma coletiva de imprensa pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, para a noite desta quarta (tarde em Brasília), em Doha, onde as negociações estão sendo realizadas.

Equipes de negociadores do governo israelense e de Hamas e Jihad Islâmica, grupos palestinos que participaram do atentado terrorista de 7 de outubro de 2023, enviaram negociadores a Doha, onde as conversas de paz acontecem há semanas. Meios de comunicação israelenses, incluindo o The Times of Israel, publicaram mais cedo sobre autoridades em Jerusalém que haviam informado que o acordo seria assinado na noite desta quarta-feira, com previsão de uma declaração conjunta até quinta-feira (16).

Certo grau de controvérsia permanecia, porém, após a publicação de um comunicado pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negando uma informação veiculada de que o Hamas havia concordado com o esboço do acordo para libertar parte dos reféns. “Ao contrário das informações, a organização terrorista do Hamas ainda não entregou sua resposta ao acordo”, disse o texto.

Fontes próximas ao Hamas e à Jihad Islâmica ouvidas pela agência AFP em anonimato, por sua vez, anunciaram que os dois grupos haviam concordado com os termos do acordo e já haviam submetido uma resposta unificada aos termos, via mediadores.

“As facções da resistência chegaram a um acordo entre si e informaram os mediadores sobre sua aprovação do cessar-fogo e do acordo de troca”, disse uma fonte ouvida pela AFP sob condição de anonimato.

A expectativa é de que o texto aprovado inclua a troca de 33 reféns israelenses capturados durante o atentado terrorista de 7 de outubro, em troca de aproximadamente 1 mil prisioneiros palestinos que estão detidos em Israel. Os termos foram debatidos pelas delegações inimigas com o auxílio de mediadores, incluindo os EUA, que mantiveram corpos diplomáticos negociando em salas separadas com cada lado do conflito.

Com a aprovação do acordo, sua implementação e libertação dos primeiros reféns poderia começar tão cedo quanto no domingo — antes, seria dado um período de 24 a 48 horas para a apresentação de eventuais recursos contra o pacto perante a Suprema Corte, pelo lado israelense.

De acordo com o canal de notícias al-Arabi, também do Catar, fontes egípcias teriam confirmado que a maioria das forças israelenses estacionadas no Corredor Filadélfia, que separa Gaza e Egito, teria se retirado nas últimas horas.

Fontes: O Globo e AFP

 

 

 

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