Israel está expandindo sua ofensiva para toda a Faixa de Gaza. A informação foi confirmada pelo chefe do Estado-Maior do Exército israelense, tenente-general Herzi Halevi.
Anteriormente, o conflito estava concentrado no norte do enclave palestino, de onde centenas de milhares de pessoas se deslocaram desde o começo do atual conflito, no início de outubro.
“Lutamos dura e exaustivamente no norte da Faixa (de Gaza) e agora estamos fazendo isso no sul”, declarou Halevi.
No domingo (3), Israel ordenou a evacuação de vários bairros da cidade de Khan Yunis, no sul, para onde muitos moradores do norte haviam se deslocado. Agora, o novo destino deles e dos habitantes do sul é a cidade de Rafah, próxima à fronteira com o Egito.
Desde o fim do cessar-fogo de uma semana, na sexta-feira (1º), o Exército israelense intensificou os bombardeios às zonas centro e sul do enclave palestino, áreas onde se espera que as tropas terrestres concentrem as suas operações nos próximos dias, depois de terem tomado o controle da maior parte da área norte, incluindo a cidade de Gaza.
De acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês), quase 1,9 milhão de pessoas estão deslocadas na Faixa de Gaza –mais de 80% da população.
Mais de 2,2 milhões de pessoas vivem na Faixa de Gaza. As organizações da Organização das Nações Unidas (ONU) falaram recentemente de cerca de 1,8 milhão de pessoas deslocadas internamente.
Israel realizou ataques aéreos no território palestino no fim de semana e relatou uma série de disparos de foguetes vindos de Gaza, a maioria dos quais foram interceptados.
O Ministério da Saúde gerido pelo Hamas em Gaza afirma que 15.899 pessoas – 70% das quais mulheres e crianças – foram mortas no território desde 7 de outubro.
O Hamas é designado como organização terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia (UE) e vários outros países.
Os ataques de Israel à Faixa de Gaza causaram pelo menos 316 mortos e 664 feridos só neste domingo (3), segundo números informados nesta segunda-feira (4) às Nações Unidas pelo Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas, enquanto a distribuição de ajuda humanitária ficou mais uma vez severamente restrita.
“Ataques contra 200 alvos”
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram ter atacado 200 alvos do Hamas na Faixa de Gaza durante a madrugada desta segunda-feira (4). O IDF disse que as tropas atacaram “infraestruturas terroristas” no porto de Gaza e alegaram ter encontrado túneis com armadilhas sob uma escola.
As informações não puderam ser verificadas de forma independente pela DW.
As IDF também relatou que mais três soldados foram mortos em combate no norte de Gaza neste domingo (3).
Num comunicado oficial na segunda-feira (4), os militares confirmaram as mortes de um major-general, um sargento e um comandante, elevando o número total de mortos militares israelenses para 75 desde o início das operações terrestres em grande escala.
Fonte: Metrópoles