O Exército de Israel lançou uma nova onda de ataques no Líbano, nesta segunda-feira (23), para atingir pelo menos 300 locais onde o Hezbollah supostamente armazena armas.
Mais cedo, as forças israelenses alertaram moradores de Beirute, capital do Líbano, e outras áreas do país, para que deixassem suas residências imediatamente. “As IDF (Forças de Defesa de Israel) estão atualmente realizando ataques contra alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hezbollah no sul do Líbano”, afirmaram os militares.
O ministro da informação do Líbano, Ziad Makari, disse que recebeu uma ligação na qual foi solicitado a evacuar o prédio, informou a Agência Nacional de Notícias do Líbano. Drones podiam ser ouvidos voando baixo sobre Beirute. Em declaração televisionada, o porta-voz militar israelense Daniel Hagari alertou: “A todos os moradores das vilas no Líbano, em um futuro próximo, atacaremos alvos terroristas no Líbano. Apelamos a todos que estão perto de propriedades ou dentro de casas onde o Hezbollah está escondendo armas, apelamos a vocês para se distanciarem deles imediatamente. Isto é para sua segurança e proteção”.
Hagari ressaltou que o aviso estava sendo distribuído em árabe em todas as redes e plataformas no Líbano. Não se sabe quantas pessoas seriam afetadas pelos avisos. Questionado sobre uma possível incursão terrestre israelense no Líbano, o porta-voz salientou que o país fará “o que for necessário” para devolver os moradores evacuados do norte de Israel às suas casas com segurança, uma prioridade para o governo de Benjamin Netanyahu.
Ministério da Saúde do Líbano se manifesta
O Ministério da Saúde do Líbano informou que uma nova onda de bombardeios israelenses contra o país, nesta segunda-feira (23), matou pelo menos 274 pessoas deixou mais de 1.000 feridas, incluindo crianças, mulheres e médicos. Os ataques aéreos foram concentrados no sul libanês, perto da fronteira com Israel.
“Os ataques inimigos israelenses contínuos nas cidades e vilas do sul levaram, em um número preliminar, ao martírio de 50 pessoas e ao ferimento de mais de 300, e entre os mártires e feridos estavam crianças, mulheres e paramédicos”, disse o Ministério da Saúde em declaração, segundo a mídia estatal do Líbano.
Anteriormente, o Exército israelense afirmou que atingiu pelo menos 300 localizações conectadas ao Hezbollah dentro do Líbano. A milícia libanesa, que é aliada do grupo terrorista palestino Hamas e financiada pelo governo do Irã, alegou ter disparado foguetes contra bases militares israelenses no norte do país, “em resposta aos ataques inimigos israelenses que tiveram como alvo as áreas do sul e Bekaa”.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que o sistema de defesa aérea do país interceptou a maioria dos 35 projéteis vindos do Líbano.
O Ministério da Saúde do Líbano pediu que todos os hospitais no sul e leste do país “interrompam as cirurgias não essenciais para abrir espaço para tratar os feridos devido à crescente agressão israelense”. Escolas também já foram fechadas na região.
Fonte: VEJA