ARACAJU/SE, 22 de outubro de 2024 , 14:39:29

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Israel x Hezbollah: entenda o que motivou ataques neste fim de semana

 

O início desse domingo (25) foi marcado pela confirmação de uma ofensiva israelense contra o Líbano e o posterior lançamento de foguetes e drones libaneses contra Israel.

O exército israelense admitiu ter atacado o Líbano com cerca de 100 jatos e interceptado drones inimigos, classificando a ação como “preventiva”, para evitar sofrer uma ofensiva libanesa ainda maior. Já o grupo libanês Hezbollah afirma ter disparado 320 mísseis Katyusha na direção de Israel e alega ter atingido 11 alvos militares.

Agências relataram, durante a manhã, ter sido possível ver mísseis cruzando o céu, explosões no horizonte e fumaça sobre as casas do município de Khiam, no sul do Líbano, e ouvir as sirenes de ataque aéreo em Israel.

Este é um dos maiores e mais importantes confrontos em mais de dez meses de guerra no Oriente Médio. Isso porque qualquer escalada nesse combate específico tem potencial de transformar a guerra da Faixa de Gaza um confronto regional ao trazer o Irã, apoiador do Hezbollah, os Estados Unidos, principal aliado de Israel, para o palco de guerra.

O Hezbollah afirma que essa foi a primeira fase da retaliação contra Israel pelo assassinato de Fuad Shukr, seu comandante sênior, no fim de julho.

Segundo fontes ligadas ao grupo, o Hezbollah adiou o movimento para “dar uma chance” às negociações de cessar-fogo em andamento em Gaza e evitar um conflito regional em larga escala, informou o portal britânico The Guardian. Apesar disso, o Líbano afirmou não planejar novos ataques no momento.

Do outro lado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou: “Este não é o fim da história”, apesar de o ministro israelense das Relações Exteriores ter dito que o país não procura uma guerra em larga escala.

Após os ataques desse domingo, três mortes foram confirmadas no Líbano e nenhuma em Israel, que afirma ter sofrido danos limitados. Segundo a Reuters, o Hezbollah afirma que dois militantes morreram hoje no vilarejo at-Tiri. Já o grupo muçulmano xiita Amal, aliado do Hezbollah, diz que o ataque matou um dos seus militantes na cidade de Khiam.

Itamaraty “desencoraja fortemente” viagens para região entre Líbano e Israel

O Ministério de Relações Exteriores publicou, nesse domingo (25), comunicado à imprensa em que manifesta preocupação sobre a violência entre Israel e o Hezbollah, em que recomenda aos brasileiros evitarem viagens para a região.

“O Itamaraty desencoraja fortemente viagens para a região e tem orientado a comunidade brasileira no Líbano por meio da página na internet e das mídias sociais da embaixada em Beirute”, afirmou o ministério no comunicado.

“O Brasil conclama todas as partes envolvidas a exercerem máxima contenção, a fim de evitar a intensificação de hostilidades na região e o alastramento do conflito para o restante do Oriente Médio”, afirmou o Itamaraty.

Fonte: InfoMoney

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