O governo de Papua-Nova Guiné informou à Organização das Nações Unidas (ONU) que mais de 2.000 pessoas foram soterradas no gigantesco deslizamento de terra que destruiu um vilarejo do país, segundo uma cópia de um documento ao qual a AFP teve acesso.
“O deslizamento soterrou mais de 2.000 pessoas vivas e provocou uma grande destruição”, afirmou o centro nacional de gestão de catástrofes em um documento enviado ao escritório da ONU na capital, Port Moresby.
O vilarejo de Yambali, na encosta de uma colina na província de Enga, foi arrasado quando parte do Monte Mongalo desabou na manhã de sexta-feira, atingindo várias casas e as pessoas que dormiam no momento da tragédia.
No domingo (26), a ONU divulgou uma estimativa de 670 mortos no deslizamento de terra.
Segundo o centro nacional de gestão de catástrofes, a principal rodovia que leva à mina de Porgera estava “completamente bloqueada”.
“A situação continua instável porque o deslizamento de terra continua avançando lentamente, o que coloca em perigo tanto as equipes de resgate como os possíveis sobreviventes”, acrescentou o centro de gestão.
Algumas horas antes, um funcionário da ONU declarou à AFP que as equipes de resgate estão “correndo contra o tempo” para encontrar sobreviventes.
“Já se passaram mais de três dias desde que o desastre aconteceu, então estamos correndo contra o tempo”, afirmou Serhan Aktoprak, da agência de migração da ONU.
Os socorristas trabalham em condições difíceis.
“As pedras continuam caindo e movimentando o solo”, disse Aktoprak. Ele informou que quase 250 casas na área foram evacuadas por precaução.
As autoridades aguardavam a chegada de equipamentos pesados e escavadeiras no domingo, mas o envio foi adiado devido à violência tribal na única rodovia que não foi bloqueada pelo desastre.
Papua-Nova Guiné registrou vários terremotos, inundações e deslizamentos de terra desde o início do ano.
Fonte: IG