Cerca de 1.200 oficiais das Forças de Defesa de Israel (FDI), tanto reservistas quanto aqueles que estão no serviço ativo, preparam uma carta aberta pedindo o fim da guerra na Faixa de Gaza, na qual destacam que a questão se tornou um conflito político.
O documento foi revelado pelo jornal Haaretz e diz que a guerra não serve mais aos interesses de segurança nacional de Israel.
“Nós, antigos e atuais oficiais e comandantes da reserva das FDI, exigimos que o governo e o chefe do Estado-Maior parem a guerra política em Gaza e [resgatem] imediatamente todos os reféns”, diz a carta, segundo o Haaretz.
“Continuar a guerra vai contra a vontade da esmagadora maioria do público, resultará na morte de reféns, soldados das FDI e civis inocentes, e pode até levar à prática de crimes de guerra”, adiciona.
Outro trecho do documento pontua que “esta é uma guerra para preparar a ocupação de Gaza e tem como objetivo implementar a visão messiânica de uma pequena minoria na sociedade israelense”.
O conflito em Gaza começou no dia 7 de outubro de 2023, quando combatentes do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251, segundo contagem do governo de Israel.
Até o momento, os ataques do Exército israelense já mataram mais de 54 mil palestinos na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais, e reduziram grande parte do território a escombros.
Papa Leão XIV pede cessar-fogo em Gaza
O papa Leão XIV fez um apelo, nessa quarta-feira (28), por um cessar-fogo em Gaza e pediu a Israel e aos militantes do Hamas que respeitem integralmente o Direito Internacional Humanitário.
“Na Faixa de Gaza, os gritos intensos de mães e pais que se agarram firmemente aos corpos de seus filhos mortos chegam cada vez mais ao céu”, declarou o pontífice durante sua audiência geral semanal na Praça de São Pedro.
Ele continuou: “Aos responsáveis, renovo meu apelo: parem os combates. Libertem todos os reféns. Respeitem integralmente o Direito Internacional Humanitário”.
Leão XIV, eleito em 8 de maio para substituir o falecido papa Francisco, também apelou pelo fim da guerra na Ucrânia.
O pontífice condenou novos ataques contra civis e infraestrutura na Ucrânia nos dias desde que a Rússia lançou o maior ataque aéreo da guerra de três anos.
“Renovo com vigor meu apelo para pôr fim à guerra e apoiar todas as iniciativas de diálogo e paz”, expressou.
Fontes: CNN Brasil e Reuters