ARACAJU/SE, 30 de maio de 2025 , 11:12:35

Mais de mil militares de Israel assinam carta por fim de guerra na Faixa de Gaza

 

Cerca de 1.200 oficiais das Forças de Defesa de Israel (FDI), tanto reservistas quanto aqueles que estão no serviço ativo, preparam uma carta aberta pedindo o fim da guerra na Faixa de Gaza, na qual destacam que a questão se tornou um conflito político.

O documento foi revelado pelo jornal Haaretz e diz que a guerra não serve mais aos interesses de segurança nacional de Israel.

“Nós, antigos e atuais oficiais e comandantes da reserva das FDI, exigimos que o governo e o chefe do Estado-Maior parem a guerra política em Gaza e [resgatem] imediatamente todos os reféns”, diz a carta, segundo o Haaretz.

“Continuar a guerra vai contra a vontade da esmagadora maioria do público, resultará na morte de reféns, soldados das FDI e civis inocentes, e pode até levar à prática de crimes de guerra”, adiciona.

Outro trecho do documento pontua que “esta é uma guerra para preparar a ocupação de Gaza e tem como objetivo implementar a visão messiânica de uma pequena minoria na sociedade israelense”.

O conflito em Gaza começou no dia 7 de outubro de 2023, quando combatentes do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251, segundo contagem do governo de Israel.

Até o momento, os ataques do Exército israelense já mataram mais de 54 mil palestinos na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais, e reduziram grande parte do território a escombros.

Papa Leão XIV pede cessar-fogo em Gaza

O papa Leão XIV fez um apelo, nessa quarta-feira (28), por um cessar-fogo em Gaza e pediu a Israel e aos militantes do Hamas que respeitem integralmente o Direito Internacional Humanitário.

“Na Faixa de Gaza, os gritos intensos de mães e pais que se agarram firmemente aos corpos de seus filhos mortos chegam cada vez mais ao céu”, declarou o pontífice durante sua audiência geral semanal na Praça de São Pedro.

Ele continuou: “Aos responsáveis, renovo meu apelo: parem os combates. Libertem todos os reféns. Respeitem integralmente o Direito Internacional Humanitário”.

Leão XIV, eleito em 8 de maio para substituir o falecido papa Francisco, também apelou pelo fim da guerra na Ucrânia.

O pontífice condenou novos ataques contra civis e infraestrutura na Ucrânia nos dias desde que a Rússia lançou o maior ataque aéreo da guerra de três anos.

“Renovo com vigor meu apelo para pôr fim à guerra e apoiar todas as iniciativas de diálogo e paz”, expressou.

Fontes: CNN Brasil e Reuters

 

 

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