ARACAJU/SE, 22 de outubro de 2024 , 18:51:03

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María Corina, líder opositora da Venezuela, diz estar escondida e temer pela própria vida em decorrência da ditadura de Maduro

 

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, disse, em um artigo publicado no Wall Street Journal nessa quinta-feira (1º), que está escondida “temendo” pela própria vida. Após as contestações levantadas pela oposição sobre sua vitória, Nicolás Maduro declarou que Corina Machado e Edmundo González Urrutia, o candidato opositor que concorreu contra o ditador, “têm que estar atrás das grades” e que a Justiça “vai chegar”.

“Escrevo isso escondida, temendo pela minha vida, pela minha liberdade e pela dos meus compatriotas da ditadura liderada por Nicolás Maduro”, disse Corina Machado, ao iniciar o texto de opinião no qual reforça o argumento da oposição que Maduro não venceu a eleição presidencial venezuelana no último domingo (28).

A líder opositora afirma que atas eleitorais obtidas de mais de 80% das seções eleitorais do país, que comprovam a vitória de González com 67% dos votos contra 30% de Maduro. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela proclamou a reeleição de Maduro com 51,2% dos votos, em comparação com 44% de González.

“Vocês têm as mãos manchadas de sangue”, disse Maduro. “Deveriam estar atrás das grades”, completou. Antes disso, o ditador já havia culpado os opositores pela violência e pelos mortos nos protestos desencadeados no país, afirmando que a “Justiça vai chegar” até eles.

No artigo, ela pediu o cessar “imediato” da repressão aos protestos. “As forças de segurança do Estado mataram pelo menos 20 venezuelanos, detiveram mais de 1.000 e causaram 11 desaparecimentos forçados nas manifestações”.

“A maior parte da nossa equipe está escondida e, depois que sete missões diplomáticas foram expulsas da Venezuela, meus assessores na Embaixada da Argentina estão sendo protegidos pelo governo do Brasil”, escreveu. “Posso ser capturada enquanto escrevo estas palavras”, acrescentou.

“Nós, venezuelanos, cumprimos com o nosso dever. Votamos para tirar o senhor Maduro do poder. Agora, cabe à comunidade internacional decidir se tolera ou não um governo provavelmente ilegítimo”, finalizou opositora.

Fonte: R7

 

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