ARACAJU/SE, 4 de julho de 2024 , 12:01:00

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Milei cancela presença na Cúpula do Mercosul e confirma vinda ao Brasil para evento conservador ao lado de Bolsonaro

 

O presidente da Argentina, Javier Milei, cancelou sua participação na Cúpula do Mercosul, marcada para a próxima semana em Assunção, no Paraguai. Segundo o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, a desistência não tem relação com um possível incômodo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, Milei deve participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), que será realizada em Balneário Camboriú (SC) e terá a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) confirmou a presença do presidente argentino no evento, que ocorre nos dias 6 e 7 de julho, e afirmou que Milei terá uma reunião bilateral com Jair Bolsonaro. Milei esteve na edição do fórum realizada em 2022 no Brasil, e em fevereiro deste ano compareceu à edição nos Estados Unidos, quando conversou com o ex-presidente Donald Trump.

Não é a primeira vez que Milei faz a ação, que costuma ser vista como descortesia e até provocação diplomática. Em recente viagem à Espanha, o presidente argentino também não se reuniu com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

Na semana passada, Milei voltou a chamar Lula de “corrupto” e “comunista”, em resposta a uma cobrança por parte do petista de um pedido de desculpas por declarações anteriores, feitas ao longo da campanha eleitoral argentina, consideradas por Lula como “ofensas e provocações”. A mudança de planos indica que Milei abandonou um período de busca de pragmatismo na relação com o governo Lula — quando chegou a indicar o desejo de uma reunião conjunta em duas cartas. A diplomacia brasileira também não respondeu às cartas enviadas por Milei.

No lugar de fazer sua estreia no Mercosul, no dia 8, em Assunção, Milei vai cumprir agendas internas na Argentina e enviar sua chanceler Diana Mondino. Segundo a Casa Rosada, ele tinha uma viagem planejada a Tucumán, na Argentina, e o governo não deseja que ele passe por uma “agenda sobrecarregada”.

Durante a campanha para a Casa Rosada, Milei ameaçou retirar a Argentina do Mercosul, dizendo ser um bloco de “má qualidade” e que prejudicava os países membros. Depois, o governo argentino deu sinais de que permaneceria no bloco, mas com defesa de uma modernização interna.

Fonte: R7

 

 

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