O governo da Argentina anunciou, na noite de segunda-feira (15), a dissolução da Agência Federal de Inteligência (AFI) e a reestruturação do sistema de inteligência do país.
A mudança, segundo comunicado divulgado pelo gabinete do presidente Javier Milei, deve-se ao fato de a AFI ter sido “utilizada para atividades espúrias, como espionagem interna, tráfico de influência e perseguição política e ideológica”.
“Sem uma fiscalização eficaz, produto de intervenções que duraram anos, a proliferação destas condutas constituiu uma dívida com o sistema democrático e republicano que hoje começamos a saldar”, completou o texto.
Agora, a gestão da inteligência do governo argentino passa para a Secretaria de Inteligência do Estado (Side). A secretaria havia sido substituída pela AFI, em 2015, pelo governo da ex-presidente Cristina Kirchner.
A Side continuará sob o comando de Sergio Neiffert, atual controlador da agência de inteligência. Reportará diretamente ao presidente da República.
Também controlará quatro novas agências criadas, “com o objetivo de transformar e modernizar o sistema de inteligência, promovendo a excelência e o profissionalismo no desenvolvimento de suas tarefas”, diz a nota.
As agências a serem criadas são: Serviço de Inteligência Argentino (SIA), Agência de Segurança Nacional (ASN), Agência Federal de Cibersegurança (AFC) e Divisão de Assuntos Internos (DAI).
“Este conjunto de modificações na estrutura do Sistema Nacional de Inteligência permitirá a consolidação de uma visão estratégica e moderna, e garantirá o equilíbrio entre os diferentes órgãos, afastando qualquer interesse pessoal, partidário ou contrário ao engrandecimento da Pátria”, concluiu o comunicado.
Fonte: Poder360