O presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu na manhã desta segunda-feira (14) com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, para discutir sobre o progresso dos principais exercícios militares do país. O chefe de defesa também deu ao presidente uma noção do tamanho e alcance dos testes.
De acordo com o ministro, “os exercícios acontecem em grande escala, e também estão ocorrendo no Distrito Militar Ocidental. Na verdade, acontecem em todas as frotas [da marinha russa], que são as presentes no Mar de Barents e o Mar Negro, o Mar Báltico e a Frota do Pacífico”.
A Rússia iniciou a fase ativa de exercícios militares em Belarus na última quinta-feira (10). O país nega planejar um ataque e diz que tem o direito de mover suas tropas como achar melhor em seu próprio território e no de seus aliados com a concordância deles. Afirma ainda que seus exercícios militares são de natureza defensiva.
“Tropas de quase todos os distritos militares, incluindo o Distrito Central, o Distrito Leste e a Frota do Norte, estão participando dos testes. Alguns dos exercícios estão chegando ao fim, outros serão concluídos em um futuro próximo”, afirmou Shoigu.
O ministro ainda acrescentou que “algumas coisas ainda precisam ser feitas, dada a dimensão dos exercícios que foram planejados e iniciados”.
Chefe da diplomacia vê chance de diálogo com o Ocidente
Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse a Putin nesta segunda que vê uma “chance” de diálogo diplomático com o Ocidente sobre as preocupações de segurança da Rússia, dizendo que recomenda que esses esforços continuem.
Em transmissão divulgada pela televisão estatal russa, Putin questionou: “Na sua opinião, Sergey Victorovich [Lavrov], há uma chance de chegarmos a um acordo com nossos parceiros sobre questões-chave que nos preocupam, ou é apenas uma tentativa de nos arrastar para um processo de negociação interminável que não tem solução lógica?”
Em sua resposta, Lavrov ressaltou que as autoridades russas alertaram “contra a inadmissibilidade de discussões intermináveis sobre questões que precisam ser resolvidas hoje”, mas acrescentou que “sempre há uma chance” de que a diplomacia funcione.
CNN