Na abertura da COP29 (29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), realizada em Baku, no Azerbaijão, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou a necessidade de maior financiamento por parte dos países ricos para que as nações em desenvolvimento possam enfrentar a crise climática.
Durante o evento dessa terça-feira (12), Silva defendeu a definição de novas metas financeiras para viabilizar os compromissos de redução de emissões de CO₂. “Uma receita para o nosso sucesso certamente passa pelos mecanismos de financiamento. Sem isso, o que anunciamos se torna apenas discurso. Precisamos dos meios de implementação para transformar a teoria em prática”, disse.
A ministra afirmou que o Brasil reduziu em 45% o desmatamento da Amazônia nos últimos dois anos, o que evitou a emissão de 400 milhões de toneladas de CO₂, mas alertou que esses resultados dependem diretamente do apoio financeiro internacional.
Acompanhada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, chefe da delegação brasileira, Marina Silva também defendeu a nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, em inglês) do Brasil, documento que formaliza os compromissos do país para a redução de emissões de CO₂. A ministra pediu aos países desenvolvidos para que aumentem suas ambições climáticas, apresentando NDCs mais robustas antes da COP30, prevista para 2025, no Pará.
COP29
A COP29 reúne 195 países signatários do Acordo de Paris, com o objetivo de discutir termos complementares e avançar no texto de 2015. Um dos temas centrais do evento tem sido o fim do uso de combustíveis fósseis e a transição para energias renováveis, bandeira defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também discursou nessa terça-feira como o representante do Brasil na COP29. Afirmou que o governo brasileiro tem como meta a redução de 67% dos gases de efeito estufa até 2035, em comparação a 2005.
A redução proposta pelo Brasil é em relação à quantidade de emissões em 2005. Segundo o Planalto, “isso equivale, em termos absolutos, a uma redução de emissões para alcançar entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente em 2035”.
Fonte: Poder360