O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que recusou um acordo de cessar-fogo proposto pelo grupo terrorista Hamas. A declaração do político israelense ocorreu no domingo (21).
Segundo Netanyahu, os extremistas propuseram libertar os mais de cem reféns que estão em cativeiro na Faixa de Gaza desde 7 de outubro no ano passado. Na data, os terroristas invadiram o sul israelense, assassinaram, estupraram e sequestraram centenas de civis. No ataque, três brasileiros foram mortos e um, Michel Nisenbaum, segue até hoje como refém.
Em comunicado oficial, o premiê de Israel afirmou, no entanto, que as condições impostas pelo Hamas inviabilizaram um eventual acordo para a interrupção do conflito. Conforme Bibi, como o político também é chamado, uma das imposições seria a imediata retirada das forças militares do país judaico de Gaza, enclave palestino sob poder do grupo terrorista desde 2007.
“Em troca da libertação dos nossos reféns, o Hamas exige o fim da guerra, a retirada das nossas forças de Gaza e a libertação de todos os assassinos e violadores”, disse Netanyahu, de acordo com o site da CNN Brasil. “E deixando o Hamas intacto”.
“Rejeito abertamente os termos de rendição dos monstros do Hamas”, disse Netanyahu.
Para o primeiro-ministro, deixar o “Hamas intacto” é algo fora de cogitação. Há meses, ele reforça que um dos objetivos das Forças de Defesa de Israel é aniquilar o grupo terrorista. Segundo ele, isso se faz necessário para haver paz na região.
Em Israel, alguns grupos, contudo, pressionam o governo a realizar ações que visem a libertação de todas as pessoas ainda sob poder do Hamas. O projeto Bring them home now (“Traga-os para casa agora”, em tradução livre) registra que os terroristas ainda mantêm 111 reféns.
Fonte: Revista Oeste