Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse que a Ucrânia se tornará membro da aliança militar, mas em “longo prazo”. A declaração foi feita nesta terça-feira (28), na Finlândia.
De acordo com Stoltenberg, apesar de os países que compõem a Otan concordarem que a Ucrânia se torne membro, a questão é “delicada”, pois a possível entrada do país na aliança militar foi a justificativa usada por Vladimir Putin para iniciar o conflito, há um ano.
“A questão agora é garantir que a Ucrânia continue sendo uma nação independente e soberana. Para isso, temos de apoiá-la”, disse Stoltenberg. “A guerra do presidente Putin na Ucrânia continua, e não há sinal de que ele vá mudar seus planos. Quer controlar a Ucrânia e não está se preparando para a paz, mas para mais guerra”.
O secretário-geral da Otan defendeu a adesão da Finlândia e da Suécia na organização e pediu à Turquia e à Hungria para ratificarem a entrada dos dois países na aliança. A entrada dos países do extremo norte europeu tem apoio quase unânime dos partidos políticos da Finlândia, incluindo aqueles que eram contra a Otan antes do início da invasão russa na Ucrânia.
Stoltenberg disse que o mais importante não é a entrada dos dois países simultaneamente, mas que a adesão ocorra o mais rapidamente possível.
Fonte: Revista Oeste