Ovidio Guzmán, filho do traficante de drogas Joaquín Guzmán, o “El Chapo”, foi extraditado, na sexta-feira (15), do México para os Estados Unidos, confirmou o Departamento de Justiça norte-americano em nota, bem como uma fonte que conhece detalhes do caso.
“Hoje, como resultado da cooperação policial entre Estados Unidos e México, Ovidio Guzmán López, líder do Cartel de Sinaloa, foi extraditado para os Estados Unidos. Esta ação é o último passo no esforço do Departamento de Justiça para atacar todos os aspectos das operações do cartel”, disse o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland.
Em fevereiro passado, a Procuradoria-Geral do México recebeu um pedido formal de extradição de Ovidio Guzmán para os Estados Unidos, disse na época uma fonte governamental.
Ovidio Guzmán foi capturado numa operação especial realizada em Sinaloa em janeiro passado e enfrenta acusações nos EUA de conspiração para importar e distribuir drogas naquele país, juntamente com seu irmão Joaquín Guzmán López.
Guzmán López também enfrenta acusações no México por posse de armas de uso exclusivo do Exército e tentativa de homicídio.
Prisão de Ovidio Guzmán
No dia 5 de janeiro, o secretário de Defesa do México, Luis Cresencio Sandoval, confirmou a prisão de Ovidio Guzmán.
“O pessoal do Exército e da Guarda Nacional do México, em coordenação com o Centro Nacional de Inteligência, a Procuradoria-Geral da República e a Secretaria de Segurança Pública de Sinaloa, deteve Ovidio, suposto líder da facção Los Menores, relacionado com o Cartel do Pacífico”, disse Sandoval em declarações televisivas.
A operação começou de madrugada na cidade de Jesús María, localizada no município de Culiacán, em Sinaloa, disse Sandoval.
Segundo a versão oficial, agentes da Guarda Nacional identificaram pessoas armadas a bordo de vários caminhões, “alguns com defesas corporais artesanais”. Ele notificaram a Nona Zona Militar para pararem o comboio e revistarem os passageiros.
Sandoval disso que um cerco foi montado ao redor dos veículos e que os agentes pediram aos passageiros que saíssem para ser revistados. Ele então indicou que eles recusaram e começaram a atirar contra as tropas.
“Diante de uma ameaça real, atual e iminente que colocava suas vidas em perigo, os agentes agiram de acordo com as disposições da Lei Nacional sobre o uso da força”, disse, em entrevista coletiva na Cidade do México.
Depois de “controlar a agressão”, membros do Exército e da Guarda Nacional identificaram Guzmán López, que foi detido pelas autoridades mexicanas.
Junto com ele, também foram apreendidas armas exclusivas do Exército e da Aeronáutica. Segundo Sandoval, Ovidio Guzmán também estava com armas. Por isso, procederam com sua prisão.
“Os militares, durante reconhecimento terrestre em Culiacán, prenderam Ovidio, o que ocorreu após seis meses de trabalho de reconhecimento na área de influência do grupo criminoso, onde se sabia que realizavam as atividades ilícitas”, disse.
Sandoval acrescentou que, após a prisão, foram registrados 19 bloqueios e ataques armados na cidade de Culiacán, incluindo o aeroporto e a Base Aérea número 10 —pertencente às Forças Armadas.
Fonte: CNN Brasil