Na reunião bilateral travada em Hiroshima por aproximadamente uma hora, às margens da cúpula do G-7, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que vai adotar a isenção de visto aos brasileiros.
Kishida também anunciou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão voltada ao setor de saúde, sem, no entanto, dar detalhes do formato da concessão do empréstimo.
O Japão tem incentivado as viagens internacionais de seus cidadãos como forma de aquecer o mercado de companhias aéreas, assim como espera fôlego do turismo nacional em meio ao iene fraco frente ao dólar e ao controle da covid-19 em todo o globo.
De acordo com a nota do governo do Japão, os dois líderes se comprometeram a trabalhar juntos para proteger o meio-ambiente e combater as mudanças climáticas. “O primeiro-ministro Kishida expressou sua esperança no avanço da reforma tributária no Brasil, afirmando que as empresas japonesas também estão atentas a isso”, acrescenta o texto.
A defesa da reforma tributária brasileira já fora feita pelo chanceler do Japão, Yoshimasa Hayashi, em bilateral com o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. Os empresários japoneses também expressaram a mesma opinião de otimismo em reunião em Tóquio com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A linha de crédito de R$ 1 bilhão foi confirmada no comunicado japonês, mas sem detalhes. A comitiva brasileira tampouco emitiu seu posicionamento sobre essa questão. “O primeiro-ministro Kishida afirmou que o Japão em breve realizaria um empréstimo em ienes japoneses no valor de 30 bilhões de ienes [R$ 1 bilhão] para apoiar ativamente a saúde e outros setores do Brasil”, diz o texto.