As empresas que compõem o consórcio proprietário do gasoduto Nord Stream 2 avaliam pedir falência nesta semana. A informação foi divulgada nesta terça-feira (1º) pela agência de notícias Reuters. Com sede na Suíça, a Nord Stream 2 AG busca, com o auxílio de um consultor financeiro, esclarecer as suas responsabilidades para poder iniciar formalmente o processo de insolvência em um tribunal suíço.
Também nesta terça-feira, o canal CNN divulgou que a Nord Stream 2 AG dispensou funcionários depois das sanções impostas pelos Estados Unidos. No dia 23 de fevereiro, véspera da invasão, o presidente Joe Biden disse, no comunicado sobre as sanções, que “por meio de suas ações, o presidente Putin forneceu ao mundo um incentivo para se afastar do gás russo e de outras formas de energia”.
O Nord Stream 2 é um gasoduto de 1.230 km de extensão, com capacidade de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. Somando-se ao Nord Stream 1, em operação desde 2011, a capacidade total de transporte de gás russo para a Alemanha dobraria, chegando a 110 bilhões de metros cúbicos anualmente.
O empreendimento está pronto e aguardava apenas a aprovação da certificação pelo governo alemão, que, no entanto, suspendeu o processo 2 dias antes da invasão da Rússia à Ucrânia, diante da escalada das ameaças do presidente russo Vladimir Putin.
O consórcio Nord Stream 2 AG é controlado pela estatal russa Gazprom e tem a participação de outras 4 empresas. Eis a composição: Gazprom (russa) – 51%; Wintershall Dea (alemã) – 15,5%; PEG Infrastruktur (alemã) – 15,5%; Nederlandse Gasunie (holandesa) – 9%; Engie (francesa) – 9%
A Gazprom bancou metade dos investimentos US$ 11 bilhões do gasoduto. A outra metade foi financiada pela holandesa Shell, pela austríaca OMV, pela francesa Engie e pelas alemãs Uniper e Wintershall DEA. Na 2ª feira (28.fev.2022), a britânica Shell anunciou a saída do negócio.
Fonte: Poder 360